Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 16:41
A defesa de Rebeca Ramagem, esposa do ex-deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), entrou com pedido no Supremo Tribunal Federal para que suas contas bancárias sejam desbloqueadas. Segundo os advogados, ela foi surpreendida na semana passada com a medida judicial, que teria impedido o recebimento do salário e comprometido o sustento da família.>
De acordo com o pedido encaminhado ao STF, Rebeca, que atua como procuradora do estado de Roraima, teve todas as suas contas bloqueadas sem qualquer tipo de aviso prévio. A defesa afirma que a situação inviabilizou o recebimento regular da remuneração pelo trabalho e afetou diretamente a manutenção dela e de suas duas filhas, de 14 e 7 anos.>
Atualmente, Rebeca está nos Estados Unidos acompanhando o marido, Alexandre Ramagem, que é considerado foragido da Justiça brasileira após ser condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 16 anos e um mês de prisão no processo relacionado à trama golpista.>
Os advogados sustentam que não houve notificação, intimação ou qualquer comunicação formal sobre o bloqueio das contas. Segundo a petição, ao procurar o banco, Rebeca foi informada verbalmente de que a medida teria origem em uma decisão sigilosa do STF, atribuída ao ministro Alexandre de Moraes.>
A defesa afirma ainda que a decisão apresenta ilegalidade evidente, abuso de poder e caráter persecutório, além de representar uma forma de intimidação. Por isso, pede o desbloqueio imediato das contas bancárias.>
Enquanto isso, a Polícia Federal investiga como Alexandre Ramagem deixou o Brasil. A principal suspeita é de que ele tenha saído do país de forma clandestina pela Guiana, seguindo para Miami, nos Estados Unidos, onde estaria desde setembro deste ano.>
O ex-deputado nega ter recebido qualquer ajuda para deixar o país. Em vídeo publicado nas redes sociais, Ramagem afirmou que não contou com auxílio de terceiros e criticou a atuação da Polícia Federal, classificando o processo como ilegal e direcionado contra ele e outros aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.>