Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 09:18
O sistema prisional de Minas Gerais amanheceu sob uma das maiores ações integradas do ano. A Operação Sinapse, deflagrada nesta quinta-feira (11), pela Secretaria de Justiça e pela Secretaria de Estado de Segurança Pública, mobilizou cerca de mil policiais penais e alcançou dez unidades prisionais em diferentes regiões do estado. O objetivo é interromper rotas de comunicação de facções e reposicionar presos considerados estratégicos na articulação do crime organizado.>
As equipes realizaram transferências imediatas de detentos identificados como lideranças locais, deslocando-os para unidades de maior rigor e setores de isolamento. A medida busca reduzir a influência desses presos sobre o restante da população carcerária e bloquear ordens repassadas para comparsas fora das penitenciárias.>
Segundo a Superintendência de Inteligência da Polícia Penal, a operação é fruto de um planejamento prolongado, sustentado por monitoramentos constantes e análises detalhadas de movimentações suspeitas dentro das cadeias. A ação reúne caráter preventivo e repressivo, com foco em fortalecer o controle institucional e frear a expansão de organizações criminosas que atuam no sistema penitenciário.>
A ofensiva envolveu grupamentos especializados, COPE, GIR, GETAP, GOC, GEPAER e setores de Inteligência, que atuaram de forma coordenada desde a madrugada. Somadas, as unidades alvo da operação abrigam aproximadamente 2 mil detentos, distribuídos em mais de 12 municípios.>
Para o diretor-geral do Departamento Penitenciário, Leonardo Badaró, a iniciativa representa um avanço na estratégia estadual de enfrentamento ao crime organizado. “A Operação Sinapse foi estruturada para cortar conexões criminosas e fortalecer os mecanismos de segurança institucional. É uma ação que reafirma o compromisso permanente do Estado de Minas Gerais com a proteção da sociedade e a defesa da ordem pública”, afirmou.>
A operação continua em andamento, e novas ações de inteligência devem ser realizadas nos próximos dias para monitorar possíveis reações de grupos criminosos dentro e fora das penitenciárias.>