'Pastor mirim' de 15 anos diz ter comprado mansão de R$ 34 milhões; assista

Conhecido por vídeos virais e por se autointitular profeta, Miguel Oliveira afirma ter adquirido imóvel de luxo “com o poder de Deus”.

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 11:25

'Pastor mirim' de 15 anos diz ter comprado mansão de R$ 34 milhões; assista
'Pastor mirim' de 15 anos diz ter comprado mansão de R$ 34 milhões; assista Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O adolescente Miguel Oliveira, conhecido como "pastor mirim", de apenas 15 anos, voltou a ocupar o centro das atenções após afirmar ter comprado uma casa avaliada em R$ 34 milhões em Osasco, na Grande São Paulo. Conhecido nas redes sociais, o jovem publicou um vídeo ao lado de um líder religioso confirmando a aquisição do imóvel e creditando o feito "ao poder de Deus".

A gravação rapidamente viralizou, somando milhares de visualizações e dividindo opiniões. Enquanto seguidores celebraram a conquista com mensagens de apoio, outros reagiram com ironia e desconfiança. “A igreja virou um circo”, escreveu um internauta. Outro comentou: “Parabéns aos pastores que incentivam isso. Ele está rindo da cara das pessoas.” Houve ainda quem questionasse: “Será que ele vai entrar no reino dos céus?”

Natural de Carapicuíba (SP), Miguel ganhou notoriedade ainda criança, quando começou a pregar em cultos da Igreja Assembleia de Deus Avivamento Profético. Com bordões em inglês como “Of the king, the power, the best!”, ele conquistou mais de 1,3 milhão de seguidores nas redes sociais e passou a ser visto como um “fenômeno religioso mirim”.

O adolescente afirma ter sido curado de surdez e mudez aos três anos, fato que reforçou sua imagem de “escolhido” e impulsionou sua fama entre fiéis. No entanto, sua trajetória vem sendo marcada por polêmicas e investigações. Em setembro, durante um culto transmitido ao vivo, Miguel reagiu a um seguidor que o chamou de “falso profeta”, acusando o homem de traição e exibindo uma camisinha encontrada na carteira do fiel.

Além disso, denúncias apontaram que o jovem e pessoas ligadas a ele cobravam valores que chegavam a R$ 10 mil em troca de bênçãos, o que levou o Ministério Público de São Paulo a abrir investigação sobre suas atividades religiosas. Em meio às apurações, o Conselho Tutelar chegou a determinar que Miguel se afastasse das redes sociais e voltasse a frequentar a escola. Ainda assim, ele retomou as pregações e segue participando de eventos e cultos pelo país.

O caso reacende o debate sobre os limites da exposição infantil em contextos religiosos e o papel das autoridades em fiscalizar práticas que envolvem menores de idade. Especialistas apontam que a notoriedade precoce, quando não acompanhada de orientação adequada, pode gerar impactos psicológicos e sociais graves.

Apesar das críticas, Miguel mantém o discurso de que sua trajetória é guiada pela fé. Em suas redes, ele costuma afirmar que “quem tem Deus não precisa de aprovação dos homens”, frase que resume bem o tom de sua mais nova polêmica.