PF revela que suspeitos de ataques cibernéticos a deputados tinham histórico de transtornos mentais

Mandados de busca foram cumpridos em São Paulo e Curitiba para desarticular rede que derrubava sites de parlamentares favoráveis ao projeto de lei.

Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 11:01

PF mira funcionários da Caixa em operação que apura fraudes no FGTS de jogadores de futebol
PF mira funcionários da Caixa em operação que apura fraudes no FGTS de jogadores de futebol Crédito: Reprodução/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (2) a Operação Intolerans, ação voltada a identificar os responsáveis por uma série de ataques cibernéticos, do tipo negação de serviço (DDoS), contra deputados federais. Os alvos eram parlamentares que manifestaram apoio ao PL 1904/2024, também chamado de “PL Antiaborto”.

Ataques coordenados prejudicaram a atuação legislativa

Segundo a PF, os websites de diversos deputados sofreram sobrecarga intencional, gerando instabilidade e interrupção dos serviços online. A estratégia tinha o potencial de comprometer a comunicação institucional e inviabilizar a divulgação das atividades legislativas.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências de suspeitos localizados nas cidades de São Paulo (SP) e Curitiba (PR). A corporação informou que atua com cooperação internacional para rastrear todos os participantes da rede criminosa.

Contexto mais amplo: o Brasil como alvo de ataques DDoS

Relatórios recentes mostram que o Brasil tem sido um dos países mais visados no mundo em ataques DDoS este ano. Só no primeiro semestre de 2025, mais de 500 mil incidentes foram documentados, uma média de três mil ataques por dia. Esses ataques têm como alvo desde instituições públicas até empresas privadas, o que ressalta a importância de operações como a deflagrada hoje.

A Operação Intolerans representa uma resposta estatal a crimes cibernéticos que atingem diretamente a democracia e a segurança das instituições. A PF informou que continuará investigando até identificar todos os envolvidos e responsabilizá-los criminalmente.