Publicado em 4 de maio de 2025 às 17:32
Um plano de ataque ao show da cantora Lady Gaga, realizado neste sábado (3), no Rio de Janeiro, foi frustrado pela Polícia Civil do estado, que desarticulou uma célula extremista com atuação nacional. A ação, intitulada Operação Fake Monster, revelou uma organização criminosa que usava redes sociais para disseminar discursos de ódio e recrutar jovens para atos violentos.>
A investigação apontou que o atentado seria parte de um “desafio coletivo”, criado para gerar notoriedade digital entre os participantes. A estrutura do plano prévia a atuação coordenada de diversos integrantes, inclusive adolescentes, cada um com uma função específica no ataque. O arsenal utilizado incluiria coquetéis molotov e explosivos improvisados.>
O principal líder da célula foi preso no Rio Grande do Sul, por porte ilegal de arma de fogo. Já no Rio de Janeiro, um adolescente foi apreendido por armazenar pornografia infantil. Ambos integravam a rede criminosa, que mantinha canais digitais ativos com conteúdos que promoviam automutilação, incentivo ao suicídio, pedofilia e terrorismo.>
A operação foi desencadeada a partir de um alerta da subsecretária de Inteligência da Polícia Civil do RJ, que vinha monitorando grupos com sinais de radicalização. Com base nesse monitoramento, o Ciberlab do Ministério da Justiça elaborou um relatório técnico que deu origem à ofensiva nacional.>
Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em nove municípios, espalhados pelos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Em todas as localidades, foram recolhidos dispositivos eletrônicos e materiais diversos, que agora estão sob análise técnica.>
Um dos episódios mais alarmantes foi registrado em Macaé (RJ), onde a polícia identificou um integrante que planejava assassinar uma criança durante uma transmissão ao vivo. O suspeito está sendo investigado por terrorismo e incitação ao crime.>
A operação expõe um novo e preocupante formato de organização criminosa, que alia tecnologia, ideologias extremistas e a manipulação de jovens vulneráveis para promover violência com alcance digital e impacto real.>