Por que um incêndio no Paraná provocou apagão em todo Brasil

O fornecimento de energia já foi totalmente restabelecido.

Publicado em 14 de outubro de 2025 às 17:58

O fornecimento de energia já foi totalmente restabelecido.
O fornecimento de energia já foi totalmente restabelecido. Crédito: Divulgação/Equatorial PA 

Na madrugada desta terça-feira (14), um incêndio em uma subestação no Paraná causou um apagão que atingiu os 26 estados e o Distrito Federal. O fornecimento de energia já foi totalmente restabelecido.

O que aconteceu?

A subestação de Bateias, em Campo Largo (PR), é uma das mais importantes do país e trabalha com tensão elétrica de 500 kV, usada para transportar grandes volumes de energia por longas distâncias. O incêndio desligou a subestação, interrompendo o fluxo de energia entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste.

Como isso afetou todo o país?

O Brasil tem um Sistema Interligado Nacional (SIN), que conecta usinas, subestações e linhas de transmissão em um “sistema único” de quase 180 mil km de extensão. Essa rede permite que a energia gerada em um estado seja enviada para outro, garantindo equilíbrio entre produção e consumo.

Quando uma subestação importante falha, o sistema automaticamente corta parte da energia para evitar apagões maiores. É o chamado Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC). Assim, o corte foi controlado e programado pelo Operador Nacional do Sistema (ONS).

Como a energia chega até você?

1. Geração: usinas hidrelétricas, solares, eólicas e termelétricas produzem a energia.

2. Transmissão: grandes torres transportam a energia pelo país via linhas de alta tensão.

3. Distribuição: subestações reduzem a tensão para entregar energia a casas, comércio e indústrias.

Quanto tempo durou o apagão?

O incêndio começou às 0h32. Até 1h30, a maior parte do país já teve o fornecimento restabelecido. A região Sul foi a última, com energia normalizada às 2h30.

O que mudou em relação a apagões antigos?

Diferente de crises de energia em 2001 e 2021, desta vez não houve falta de energia nem risco de colapso. O sistema nacional é moderno e automatizado, garantindo que a falha fosse controlada rapidamente.

Com informações do G1