Publicado em 29 de outubro de 2025 às 09:30
O dia seguinte após a megaoperação no Rio de Janeiro contra membros do “Comando Vermelho” que atuam nos morros do Alemão e da Penha, o governo do estado anunciou que reforçará o policiamento ao longo desta quarta-feira (29) para tentar retornar à "normalidade" e combater qualquer retaliação que possa ser promovida por integrantes da facção criminosa.>
Segundo o governo do Rio de Janeiro, a ação foi iniciada com o objetivo de combater a expansão territorial do Comando Vermelho (CV) e prender lideranças criminosas que atuam no Rio e em outros estados.>
Cláudio Castro, governador do Rio, confirmou para imprensa nesta manhã de quarta-feira (29) que o policiamento será reforçado. Sobre a megaoperação, a autoridade afirmou que os policiais ocuparam pontos estratégicos e que tudo foi planejado há 3 meses de antecedência.>
O saldo da ação policial de terça foi sangrento no Rio de Janeiro. Conforme dados oficiais da polícia, foram registradas 64 mortes, sendo 60 de criminosos e 4 de policiais (dois policiais civis e dois policiais militares do BOPE). Essa é a ação mais letal em número de mortes do estado do Rio de Janeiro desde maio de 2021, quando 28 criminosos foram mortos no Jacarezinho.>
Confira os dados da operação>
• 64 mortos, dos quais 60 criminosos e 4 policiais>
• 81 presos>
• 93 fuzis apreendidos>
Houve também prisões, além das mortes, foram 81 presos na ação policial. Entre os criminosos detidos está Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como Belão, braço direito do líder do comando Vermelho, Edgard Alves, o Doca, segundo fontes da PM.>
Belão é o operador financeiro do Comando Vermelho no Complexo da Penha. Os detidos na operação foram enviados para a Cidade da Polícia, onde estão sendo identificados.>
Ação>
Participaram da ação, pelo menos, 2500 agentes das Polícias Civil e Militar foram para as ruas. Para a realização da megaoperação, o suporte logístico e tecnológico incluiu drones, dois helicópteros, 32 blindados e 12 veículos de demolição. Drones policiais registraram um grupo de criminosos fortemente armados, vestindo roupas camufladas e portando fuzis, em fuga por trilhas clandestinas na mata da Vila Cruzeiro, no Complexo da Penha.>