Roger Abdelmassih pede prisão domiciliar por saúde e cita risco de morte
Defesa afirma que ex-médico de 82 anos teve piora no quadro cardíaco enquanto cumpre pena em Tremembé
Publicado em 26 de dezembro de 2025 às 13:01
A defesa do ex-médico Roger Abdelmassih, de 82 anos, pediu à Justiça de São Paulo a concessão de prisão domiciliar humanitária. Segundo os advogados, ele enfrenta um quadro grave de saúde e corre risco de morte súbita caso permaneça detido na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista.
Condenado a 173 anos de prisão por crimes sexuais cometidos contra 37 pacientes entre 1995 e 2008, Abdelmassih está preso desde 2014. Mesmo após a condenação, ele sempre negou as acusações.
No pedido protocolado no último dia 12 de dezembro, a advogada Larissa Abdelmassih, que também é esposa do ex-médico, afirma que ele sofre de cardiopatia isquêmica, já passou pela colocação de seis stents e teve novos exames que apontaram três obstruções significativas no coração.
De acordo com a defesa, um cardiologista responsável pelo acompanhamento alertou para a presença de arritmias e para a possibilidade de implante de marcapasso, além do risco elevado de morte súbita. A advogada sustenta que o estado de saúde de Abdelmassih exige cuidados que não estariam sendo plenamente garantidos no sistema prisional.
“Diante desse quadro, reitera-se o pedido de prisão domiciliar de cunho humanitário, assegurando o direito à vida, à saúde e à dignidade”, diz a petição apresentada à Justiça, que ainda não foi analisada.
Um pedido semelhante já havia sido negado em 2023. Em manifestações anteriores, o Ministério Público se posicionou contra a concessão de prisão domiciliar humanitária ao ex-médico.
