Serial Killer foge de presídio de segurança máxima no Tocantins

Criminoso ligado ao PCC escapou após serrar grades e usar corda improvisada.

Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 10:26

Serial Killer, condenado a 72 anos, foge de presídio de segurança máxima no Tocantins
Serial Killer, condenado a 72 anos, foge de presídio de segurança máxima no Tocantins Crédito: Reprodução/SSP/TO

Um dos criminosos mais temidos do Tocantins voltou a mobilizar as forças de segurança do estado. Renan Barros da Silva, de 26 anos, condenado a 72 anos de prisão por uma sequência de assassinatos, fugiu da Unidade de Tratamento Penal de Cariri, no sul do estado, na última quinta-feira (25). Classificado como de alta periculosidade, ele permanece foragido há mais de 60 horas.

A evasão ocorreu durante a madrugada, quando Renan e outro detento, Gildásio Silva Assunção, de 47 anos, conseguiram serrar as grades da cela. Em seguida, os dois escalaram o alambrado da unidade prisional com o auxílio de uma “teresa”, corda artesanal confeccionada com lençóis, e deixaram o presídio sem serem interceptados.

De acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP-TO), ambos são apontados como integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e possuem histórico criminal extenso. Desde a confirmação da fuga, equipes das polícias Civil e Militar atuam de forma integrada em uma operação concentrada principalmente na região sul do estado.

Renan Barros ganhou notoriedade nacional ao ser identificado pela Polícia Civil como o autor de uma série de execuções cometidas entre 2020 e 2021. O primeiro registro ocorreu em novembro de 2020, quando duas pessoas foram assassinadas em Araguaína. Meses depois, em maio de 2021, outras três vítimas foram mortas na mesma cidade, em ações marcadas por planejamento e extrema violência. Os corpos chegaram a ser ocultados em áreas de mata, enquanto as motocicletas das vítimas eram descartadas em ribanceiras.

O último homicídio atribuído a Renan ocorreu em junho de 2021, no município de Estreito, no Maranhão, ampliando a atuação do criminoso para além das fronteiras tocantinenses. As investigações apontam que ele utilizava sempre uma pistola calibre.380 e executava as vítimas com disparos na cabeça, sem chance de reação.

Além dos crimes contra a vida, a polícia destaca que o foragido mantinha atuação itinerante, circulando entre Tocantins, Pará e Maranhão para praticar furtos qualificados e arrombamentos a estabelecimentos comerciais. Em algumas ações, os prejuízos ultrapassaram R$ 100 mil.

Diante do histórico e da periculosidade dos fugitivos, a SSP-TO reforça o alerta à população e orienta que qualquer informação sobre o paradeiro de Renan Barros da Silva ou de Gildásio Silva Assunção seja repassada de forma anônima pelos telefones 190, 197 ou diretamente à Central de Flagrantes de Gurupi, pelo número (63) 3312-4110. O sigilo do denunciante é garantido.