Publicado em 17 de julho de 2025 às 01:04
Estadão Conteúdo - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou os interrogatórios dos setes réus do núcleo 4 da trama golpista para 24 de julho. O grupo é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de espalhar notícias falsas e desinformação com o objetivo de criar desconfiança nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral.>
As testemunhas de defesa do núcleo 4 foram ouvidas nesta quarta-feira, 16, em audiência conduzida pela juíza auxiliar Luciana Sorrentino. Durante a reunião, houve questionamento sobre uso software do FirstMile, sistema de monitoramento que teria sido usado indevidamente por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O objetivo seria espionar autoridades brasileiras e favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).>
Os réus que integram o núcleo 4 são:>
- Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército;>
- Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército;>
- Carlos César Moretzsohn Rocha, engenheiro e presidente do Instituto Voto Legal;>
- Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército;>
- Guilherme Marques de Almeida, tenente-coronel do Exército;>
- Marcelo Araújo Bormevet, policial federal e ex-membro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).>
Todos foram denunciados pelos crimes de tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.>
Moraes ouviu testemunhas do núcleo 2>
Nesta quarta-feira, 16, Moraes ouviu, em outra audiência, as testemunhas do núcleo 2. A reunião contou com atritos entre o magistrado e um dos advogados. O juiz corrigiu Jeffrey Chiquini, que representa Felipe Martins, e disse que os invasores da sede dos Três Poderes eram "golpistas", não "vândalos".>
Após uma discussão, Moraes silenciou o microfone de Chiquini e cassou a palavra do advogado. Nas redes sociais, o advogado criticou a conduta e disse que não tem condições de defender seu cliente devido à atuação do ministro.>