Suposto serial killer é investigado por ao menos 15 crimes em Goiás e na Bahia

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) apura a trajetória criminosa de Rildo Soares do Santos, de 33 anos, suspeito de uma série de delitos que vão de feminicídios a estupros e latrocínios. Natural de Salvador (BA), ele é investigado por pelo menos 15 crimes em dois estados, além dos três feminicídios já confessados em Goiás.

Segundo o delegado Adelson Candeo, responsável pelo caso, o comportamento do investigado segue o perfil de um “criminoso em série”. “O excesso de violência, a falta de empatia e a repetição do modo de agir evidenciam características de um serial killer”, explicou em coletiva nesta segunda-feira (30).

Prisão e investigações em andamento

Rildo foi preso em 12 de setembro, na cidade de Rio Verde (GO), após retornar ao local de um dos crimes cometidos. Ele permanece na Casa de Prisão Provisória do município. Na ocasião, a polícia já trabalhava com a suspeita de sua participação em outros assassinatos e desaparecimentos de mulheres.

O histórico do acusado também é acompanhado pela polícia da Bahia, onde responde por cinco investigações: dois homicídios, um estupro, um roubo e um caso de violência doméstica.

Padrão de atuação

As apurações apontam que o suspeito usava uniformes de limpeza urbana para circular durante a madrugada e se aproximar das vítimas sem levantar suspeitas. Em muitos casos, retornava à cena do crime para observar o trabalho da perícia, o que, segundo a polícia, funcionava como uma forma de “prazer e vaidade”.

As mulheres assassinadas tinham características semelhantes: eram dependentes químicas, circulavam à noite e foram atacadas em áreas isoladas. As vítimas sofreram violência sexual, agressões físicas, como golpes na cabeça e, em alguns casos, tiveram os corpos queimados ou parcialmente ocultados.

Feminicídios confirmados e suspeitas adicionais

Entre os casos já confirmados estão as mortes de Elisangêla e Monara Pires, além de outra mulher em situação de rua. Após a prisão, novas vítimas de estupro reconheceram Rildo, incluindo uma mulher que sobreviveu após ter o corpo incendiado.

A polícia também investiga a ligação dele com o desaparecimento de outras duas mulheres em Goiás. Em um dos casos, o celular da vítima foi rastreado para a mesma área em que Rildo se encontrava pouco antes do sumiço.

Possível ligação com crimes na Bahia

Além dos delitos em Goiás, os investigadores analisam dois feminicídios ocorridos na Bahia com características semelhantes. Se confirmada a autoria, a lista de crimes atribuídos ao suspeito pode se expandir ainda mais.

Atualmente, Rildo responde por feminicídio, estupro, latrocínio, tentativa de feminicídio, ocultação de cadáver e crimes patrimoniais. A Defensoria Pública de Goiás atuou apenas na audiência de custódia, mas informou que não representa mais o investigado.