Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 09:54
Um novo depoimento chocante reacende críticas e revela detalhes graves no caso da mulher que foi atropelada e arrastada por cerca de 1 km na Marginal Tietê, em São Paulo. No fim de semana, a Polícia Civil do Estado de São Paulo ouviu Kauan Silva Bezerra, amigo do motorista suspeito, e seu relato contradiz totalmente a versão inicial apresentada pelo homem, mudando o rumo da investigação.>
Amigo nega versão de acidente e confirma relacionamento entre vítima e suspeito>
Kauan, de 19 anos, afirmou que estava com o suspeito, Douglas Alves da Silva, desde o início da noite e acompanhou toda a sequência de eventos que culminou no crime. Segundo ele, Douglas mantinha um relacionamento amoroso com a vítima, a professora Taynara Souza Santos, informação que o suspeito havia negado.>
De acordo com o depoimento, a confusão começou durante o bar: a vítima teria conversado com outro homem, o que provocou irritação de Douglas. No retorno à rua, já fora do estabelecimento, o clima esquentou, houve discussão e, pouco depois, o motorista voltou com o carro, acelerou e atingiu Taynara, arrastando-a intencionalmente.>
Kauan relatou que, no momento da ação, estava no banco do passageiro, tentou convencer Douglas a parar e alertou que a jovem estava embaixo do veículo, mas o motorista ignorou os pedidos e seguiu acelerando. Ele só teria freado após pressão de transeuntes.>
Investigação reclassifica crime como tentativa de homicídio qualificado>
Com o novo depoimento, a polícia passou a tratar o episódio como tentativa de homicídio qualificado, com agravantes de feminicídio, motivo fútil e meio cruel, o que aumenta a gravidade dos crimes investigados. O relato de Kauan fortalece a hipótese de que houve dolo, e não um acidente.>
Além disso, a declaração da testemunha muda o cenário: o caso não envolve apenas uma tragédia de trânsito, mas regras de convivência violentas, cobiça e traição. A confirmação de que o suspeito e a vítima mantinham relação amorosa amplia o contexto de violência doméstica e psicológica, típico de crimes de gênero.>
Próximos passos e pressão por justiça>
Os depoimentos, somados às imagens registradas, podem ser decisivos para a responsabilização de Douglas Silva. A Polícia Civil segue com as investigações para recolher demais evidências, como laudos periciais e imagens de segurança, e decidir sobre novas medidas restritivas, prisões e denúncia formal.>