Vídeo: condenado por morte de criança é assassinado um dia após deixar prisão
João Ferreira da Silva foi executado em frente a um hotel horas após saída da prisão
Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 07:41
Um homem condenado pelo assassinato e abuso sexual de uma criança foi morto a tiros na manhã desta quarta-feira (10), em Sinop (MT), cidade localizada a 481 quilômetros de Cuiabá. João Ferreira da Silva, que cumpria pena por crimes hediondos contra o menino Bruno Aparecido dos Santos, de apenas 9 anos na época, foi alvejado por atiradores em frente a um hotel no bairro Santa Mônica.
O crime aconteceu por volta das 6h50, na Rua Colonizador Ênio Pipino, e foi registrado pelas câmeras de segurança instaladas no local. Nas imagens, é possível observar dois homens envolvidos na ação: um entra rapidamente na recepção do hotel usando moletom, máscara e boné, e sai em seguida; o outro, aguardando fora, aborda João assim que ele deixa o estabelecimento e dispara contra ele antes de fugir.
Equipes da Polícia Civil e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionadas e estiveram no local para os primeiros procedimentos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.
Saída recente da prisão
João havia deixado na terça-feira (9) a Penitenciária Ferrugem, onde cumpria pena pelos crimes cometidos contra o menino Bruno em 2005. A soltura ocorreu após decisões judiciais relativas ao cumprimento de parte da pena.
Em 2005, ele confessou o homicídio de Bruno, cujo corpo foi encontrado enterrado em uma construção no bairro Nossa Senhora Aparecida, nu e com as mãos amarradas. A descoberta chocou a comunidade: bolinhas de gude da criança e um pedaço de madeira sujo de sangue foram achados no local.
O crime causou revolta, com cerca de 500 pessoas tentando invadir a delegacia para linchar o autor. Após fuga em Cuiabá, onde havia sido transferido, João foi recapturado horas depois em um terminal rodoviário.
Condenação e repercussão
Em 2008, o réu foi condenado a 42 anos de prisão pelo homicídio e recebeu mais 10 anos por atentado violento ao pudor contra uma criança, totalizando uma pena severa por um dos casos que marcaram as investigações criminais num dos episódios mais revoltantes da região.
O caso segue sob apuração da Polícia Civil, que ainda busca identificar os autores do homicídio e as circunstâncias que motivaram a execução em plena via pública. Não há, até o momento, informações oficiais sobre prisão de suspeitos ou linhas de investigação detalhadas, mas a hipótese de vingança ou de retaliação por parte de terceiros já é considerada no inquérito.
