Publicado em 23 de dezembro de 2025 às 07:24
O que seria um marco para a exploração espacial no Brasil terminou em frustração na noite desta segunda-feira (22). O foguete HANBIT-Nano, da empresa sul-coreana Innospace, explodiu pouco após ser lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, encerrando prematuramente a missão.>
De acordo com informações oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB), o lançamento ocorreu às 22h13, no horário de Brasília. O veículo chegou a deixar a plataforma e iniciar a trajetória vertical conforme o planejado, mas apresentou uma falha logo em seguida, colidindo com o solo e provocando uma intensa nuvem de fogo.>
Em nota, a FAB afirmou que a anomalia aconteceu após a saída do foguete da base, mas ressaltou que todos os protocolos de segurança foram executados corretamente. Equipes do Corpo de Bombeiros e militares do CLA foram acionadas imediatamente para isolar a área, avaliar os destroços e coletar dados técnicos do incidente.>
Apesar do desfecho, autoridades do setor destacam que falhas são relativamente comuns em lançamentos de veículos espaciais, sobretudo em projetos novos. O voo tinha um peso simbólico relevante: seria o primeiro lançamento de um foguete orbital a partir do território brasileiro, resultado de uma parceria inédita entre o Brasil e uma empresa privada internacional.>
A tentativa também reacendeu a memória de episódios marcantes do programa espacial nacional. A última investida brasileira rumo à órbita ocorreu em 1999. Já em 2003, uma explosão ainda em solo no próprio Centro de Alcântara causou a morte de 21 pessoas, tragédia que interrompeu as atividades por anos.>
A Innospace informou que segue analisando os dados do voo em conjunto com a FAB. Novos esclarecimentos sobre as causas da falha devem ser divulgados após a conclusão das investigações técnicas.>