Publicado em 17 de setembro de 2025 às 11:21
O preço do açaí voltou a registrar queda em Belém pelo quarto mês consecutivo este ano, de acordo com levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA). As pesquisas feitas em feiras livres, supermercados e pontos de venda mostraram que, em agosto, os recuos variaram entre 2% e mais de 4%.>
Apesar da sequência de reduções, o produto ainda pesa no bolso dos paraenses. Comparando os preços acumulados de janeiro a agosto deste ano, o litro do açaí tipo médio acumula alta de 23,06% e, em relação a agosto de 2024, o reajuste chega a 61,97%, bem acima da inflação registrada no mesmo período.>
Açaí tipo médio>
Em agosto de 2024, o litro do tipo médio custava em média R$ 17,46. No fim do mesmo ano, já estava em R$ 22,98. Em janeiro deste ano, o preço médio subiu para R$ 26,02 e, em julho, alcançou R$ 29,11. No mês passado, houve recuo para R$ 28,28 – uma queda de 2,85% em relação a julho.>
Açaí tipo grosso>
O açaí do tipo grosso também apresentou retração em agosto. Depois de atingir R$ 41,08 em julho, o litro passou a custar R$ 39,33, queda de 4,26%. Ainda assim, o acumulado do ano aponta alta de 17,72%, e no comparativo com agosto do ano passado, o reajuste chega a 46,59%.>
Diferença de preços>
As pesquisas identificaram ainda forte variação nos preços, dependendo do tipo de açaí e do local de compra. O litro do tipo médio foi encontrado em feiras livres custando entre R$ 18,00 e R$ 25,00, enquanto nos supermercados os valores oscilaram entre R$ 26,00 e R$ 29,99. Já o litro do tipo grosso variou de R$ 32,00 a R$ 48,00 nas feiras e de R$ 38,00 a R$ 41,00 nos supermercados.>
Nova lei para produtores>
A expectativa é que os preços possam ter novas reduções durante o período da safra. Outro fator que pode influenciar o mercado é a Lei nº 11.140/2025, sancionada no início de setembro pela Assembleia Legislativa do Pará. A medida autoriza os pequenos produtores de açaí artesanal a estocar o produto de forma regular, com congelamento entre -18°C e -25°C em embalagens seladas e rotuladas.>
A legislação também prevê a criação de um estoque regulador de polpa congelada, o que deve ajudar a equilibrar a oferta durante a entressafra. A mudança é considerada um avanço para o setor e traz expectativas de que, a médio prazo, o consumidor possa sentir os reflexos positivos nos preços.>