Agente de trânsito é detida após tentar vender moto apreendida no Pará

O veículo foi apreendido durante uma blitz realizada há mais de um mês nas proximidades do Lago de Parauapebas.

Imagem de perfil de Silmara Lima

Silmara Lima

Reporter / [email protected]

Publicado em 22 de outubro de 2025 às 10:37

Agente de trânsito é detida após tentar vender moto apreendida no Pará.
Agente de trânsito é detida após tentar vender moto apreendida no Pará. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Uma agente do Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) de Parauapebas, no sudeste paraense, foi conduzida à delegacia após tentar vender uma motocicleta apreendida que estava sob custódia do órgão. O veículo foi apreendido durante uma blitz realizada há mais de um mês nas proximidades do Lago de Parauapebas. 

O proprietário da motocicleta disse que ficou surpreso ao ver o veículo sendo anunciado na plataforma marketplace do Facebook, e mais surpreso ainda por que o anúncio foi feito por uma agente do DMTT. Ao identificar o anúncio, ele reconheceu o veículo e denunciou o caso à polícia. A partir da denúncia, a agente e o marido foram conduzidos à delegacia para prestar esclarecimentos sobre a tentativa de venda.

Informações preliminares apontam que a agente, lotada no setor de fiscalização, teria tido acesso a uma motocicleta apreendida por irregularidades e, em vez de encaminhar aos trâmites legais para armazenamento ou leilão, teria ofertado o veículo à venda para terceiros. O veículo permanecia sob responsabilidade do órgão público, o que configura grave desvio de função e possível apropriação indevida de bem público. Em casos como esse, a legislação prevê sanções que vão desde a demissão por justa causa a processos criminais.

A sindicância interna deve ouvir a agente envolvida, testemunhas do depósito de apreensões e possíveis compradores. Também deve ser feita perícia nos sistemas de registro dos veículos apreendidos para verificar se havia autorização de movimentação ou se houve fraude documental. Caso os indícios se confirmem, a Prefeitura poderá pedir o bloqueio de funções da servidora e encaminhar relatório à Polícia Civil e ao Ministério Público.