Após polêmica de tatuagem no Palacete Bolonha, artista se posiciona

Série “Tatuagens por Belém” busca valorizar espaços culturais da cidade, diz Studio de la Mancha

Publicado em 22 de outubro de 2025 às 15:45

Após polêmica de tatuagem no Palacete Bolonha, artista se posiciona
Após polêmica de tatuagem no Palacete Bolonha, artista se posiciona Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O Studio de la Mancha e o artista Dan Quixote divulgaram uma nota pública nesta quarta-feira (22) após a repercussão do vídeo que levou à exoneração de Anderson Reis, então diretor de Cultura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult). Nas imagens, Reis aparece fazendo uma tatuagem dentro do Palacete Bolonha, prédio histórico de 1905 e patrimônio cultural de Belém.

O registro foi publicado nas redes sociais do ex-diretor e rapidamente gerou críticas e manifestações de repúdio de moradores e entidades culturais, que consideraram o uso do espaço inadequado para a realização de um procedimento pessoal. Diante da repercussão, a Prefeitura de Belém informou que o prefeito Igor Normando determinou a exoneração de Reis, afirmando que o episódio configurou “uso indevido das dependências e do mobiliário do Museu Casa Francisco Bolonha para fins pessoais”.

Nesta quarta-feira, o Studio de la Mancha e Dan Quixote divulgaram um comunicado em que afirmam manter “compromisso com o respeito ao patrimônio cultural de Belém e com a transparência no exercício da arte”. O estúdio esclareceu que a sessão de tatuagem integrou a série autoral “Tatuagens por Belém”, projeto que busca “valorizar lugares históricos da cidade e traduzir a cultura local em tatuagem”.

Segundo a nota, a proposta da gravação foi apresentada previamente ao diretor do Palacete Bolonha, que teria autorizado a captação e participado como modelo no contexto da série. O texto também afirma que não houve pagamento, benefício pessoal, uso de verbas públicas ou patrocínio institucional para a ação.

A equipe reforçou ainda que todos os protocolos de biossegurança e preservação do espaço foram seguidos, com materiais esterilizados, uso de mobiliário próprio e sem qualquer intervenção física no prédio histórico.

“Reafirmamos nosso respeito ao patrimônio e à comunidade que zela por sua memória. A série ‘Tatuagens por Belém’ existe para aproximar arte e cidade, com seriedade, responsabilidade e amor por Belém”, conclui a nota.