Publicado em 13 de novembro de 2025 às 10:20
O projeto “Atravessando a Maresia: o conhecimento dança se faz presente” tem levado arte, cultura e inclusão a comunidades das ilhas de Mosqueiro, Cotijuba e Outeiro, em Belém. A iniciativa oferece oficinas gratuitas de carimbó, marujada, lundum e dança de salão, entre outros estilos, promovendo o acesso democrático à arte e fortalecendo laços comunitários. O projeto foi premiado pela Lei Aldir Blanc, do Ministério da Cultura (MinC) e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Semcult), com execução da Fadesp, e vem despertando o interesse pela dança, estimulando o sentimento de pertencimento e valorizando as expressões culturais amazônicas.>
A ação é idealizada pelo artista paraense e mestre da cultura da dança Carlos Dergan, pessoa com deficiência (PCD), que há mais de três décadas dedica sua trajetória à valorização das manifestações culturais amazônicas e à formação de novas gerações de artistas. Reconhecido por seu trabalho junto a grupos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, Dergan transforma vidas por meio da arte e da educação, unindo saberes tradicionais, memória e identidade.>
Segundo o artista, “o corpo amazônida carrega suas identidades e memórias, e precisa ser valorizado como patrimônio vivo”. Essa concepção orienta sua prática pedagógica, marcada por uma educação antirracista, ecoambiental e inclusiva, que reconhece a diversidade como força transformadora.>
Com o sucesso alcançado nas comunidades das ilhas, o projeto “Atravessando a Maresia” consolida-se como uma iniciativa de grande relevância social e cultural, reafirmando que a dança é um instrumento de transformação, capaz de inspirar autoestima, pertencimento e esperança. Unindo tradição e contemporaneidade, Carlos Dergan constrói um legado que ultrapassa os palcos, um legado que forma corpos conscientes, valoriza identidades amazônicas e descentraliza o acesso à cultura, promovendo o direito de todos à arte e ao conhecimento.>