Babá é flagrada dopando criança de 11 meses, em Belém; cena foi gravada por câmera de segurança
Apesar do flagrante, técnica de enfermagem vai responder pelo crime em liberdade.
Thaís Portela
Editora / [email protected]
Publicado em 20 de junho de 2025 às 23:22
A técnica de enfermagem Priscila K. S. A., de 40 anos, que trabalha como babá é investigada pela polícia civil por dar medicação controlada para dormir a um bebê, na noite de quinta-feira (19), no bairro do Marco, em Belém.
A técnica foi flagrada pelo circuito interno de segurança da casa dos pais da criança quando forçava o bebê, de 11 meses, a ingerir os comprimidos.
A desconfiança do comportamento estranho da babá surgiu após os pais notarem o excesso de sonolência no filho. As imagens mostram que a empregada, no momento de dar a mamadeira, introduz um medicamento na boca da criança. A família então questionou o motivo da medicação e ao revisar a mochila da babá encontrou os remédios quetiapina e sertralina, de 50 miligramas, usados para diagnósticos de quem sofre com ansiedade, depressão e transtorno bipolar.
“Eu liguei para um amigo médico e perguntei sobre os efeitos que causam as substâncias encontradas com a babá. Ele me informou que 50 miligramas é uma dosagem muito alta até para adultos. Nós confrontamos a babá, ela negou até mostrarmos o vídeo dela administrando remédio ao meu filho. Para a Polícia Civil ela afirmou que teria dado calman - remédio fitoterápico para a criança”, contou o pai do bebê, que não quer se identificar.
As polícias militar e civil foram acionadas e a investigada foi conduzida até à Delegacia de proteção à criança e adolescente (DATA), onde prestou depoimento. A família informou que havia diversas caixas de amostra grátis na mochila da babá. A suspeita assinou também um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), mas logo foi liberada. Priscila Azevedo vai responder ao processo em liberdade.
O bebê de 11 meses foi submetido à avaliação e procedimentos médicos para neutralizar os efeitos da ingestão dos antidepressivos. Nesta sexta-feira (20), a criança passou por exame toxicológico no Instituto Renato Chaves. O resultado do exame deve sair em 30 dias.
A redação do Roma News tenta contato com a investigada.
