Barroso participa de ação no Marajó e reforça combate à violência contra mulheres e meninas

Presidente do STF e do CNJ destacou a importância da conscientização e da união de esforços no enfrentamento à violência doméstica e à exploração sexual no arquipélago.

Publicado em 24 de agosto de 2025 às 10:30

Barroso fica o final de semana no Marajó - 
Barroso fica o final de semana no Marajó -  Crédito: TJPA

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, participou neste sábado (23), em Salvaterra, da abertura das 8ª e 9ª itinerâncias da Ação para Meninas e Mulheres do Marajó. O evento contou com a presença de autoridades do Judiciário, representantes de órgãos parceiros e lideranças locais, com foco no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas no arquipélago.

Durante a abertura, Barroso reforçou que a violência doméstica e sexual é um problema que atinge todo o país e precisa ser combatido de forma ampla. “Compartilho da ideia de que homem que bate em mulher é covarde e quem pratica abuso sexual contra meninas é uma pessoa que perdeu a humanidade. Nós precisamos enfrentar e derrotar isso”, afirmou o ministro, destacando a importância da conscientização social além da repressão judicial.

O evento também contou com a participação do vice-presidente do Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), desembargador Luiz Gonzaga da Costa Neto; do coordenador da Ação para Meninas e Mulheres do Marajó, desembargador Leonardo de Noronha Tavares; da conselheira do CNJ, Renata Gil; além de autoridades locais, como o prefeito de Salvaterra, Valentim Lucas de Oliveira, e o presidente da Câmara Municipal, vereador José Roberto Angelim.

Na ocasião, Barroso ministrou a palestra “O Papel da Justiça no Enfrentamento à Violência contra a Mulher” e se reuniu com vítimas de violência e representantes da rede de proteção. Ele também conversou com juízes das comarcas do Marajó, reforçando a necessidade de proximidade do Judiciário com as comunidades.

De acordo com o desembargador Leonardo de Noronha Tavares, a iniciativa já trouxe resultados importantes, como a criação de Pontos de Inclusão Digital (PIDs), concessão rápida de medidas protetivas e mutirões que aceleraram processos envolvendo violência de gênero. A conselheira do CNJ, Renata Gil, ressaltou ainda que a ação tem possibilitado julgamentos mais ágeis e o fortalecimento de projetos de inclusão social e empreendedorismo feminino.

A programação segue até 27 de agosto e inclui atividades em Santa Cruz do Arari e Cachoeira do Arari, com palestras, debates e assinatura de acordo para implantação da Patrulha Maria da Penha nos municípios.

A iniciativa reúne o TJPA, CNJ, Ministério Público do Pará (MPPA), Defensoria Pública (DPE-PA), Polícia Civil e Militar, além das prefeituras locais e instituições de atendimento e proteção.