Publicado em 28 de agosto de 2025 às 15:33
O Governo Federal lançou nesta quarta-feira (27) o processo participativo da sociedade civil para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém, em 2025. A iniciativa, apresentada durante o Seminário COP30 – Espaços de Participação Social, tem como objetivo garantir que ideias, soluções e mobilizações da sociedade estejam refletidas nas discussões e decisões do evento.>
O processo será articulado por meio da plataforma Brasil Participativo, ferramenta pública de envolvimento cidadão. Segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Márcio Macedo, a conferência já começou a ser construída pelas próprias organizações sociais.>
“O presidente Lula escolheu a Amazônia pelo símbolo que ela representa. Essa será a primeira vez que a Amazônia e os povos vão falar para a COP”, destacou.>
Luciana Abade, coordenadora-geral de Mobilização da Presidência da COP30, ressaltou que a participação social ganha protagonismo inédito. “Sabemos que a mobilização sempre existiu nas conferências, mas é a primeira vez que ela é, de fato, um pilar. A ideia é que esta seja uma COP da participação social”, afirmou.>
Como funciona o processo participativo>
O Brasil Participativo conta com diferentes frentes de atuação. Uma delas é a submissão de soluções, que permite que qualquer pessoa apresente propostas relacionadas aos eixos temáticos da conferência, desde que vinculadas ao contexto brasileiro.>
As cinco soluções mais votadas em cada eixo avançam para a avaliação do Comitê de Seleção e poderão compor o Relatório Final da Sociedade Civil para a COP30. Destas, uma por eixo será levada diretamente às mesas de negociação da Conferência.>
A plataforma também disponibiliza espaço para que organizações, movimentos sociais e coletivos registrem suas atividades preparatórias, como oficinas, encontros, debates e intervenções culturais. As mobilizações cadastradas aparecerão em um mapa interativo e, as mais apoiadas até a pré-COP (13 e 14 de outubro), terão destaque nos canais oficiais do evento.>
Outro eixo do processo é o Balanço Ético Global (BEG), que promove diálogos sobre os dilemas morais e civilizatórios da crise climática. Inspirado no Balanço Global do Acordo de Paris, o BEG pretende complementar avaliações técnicas com reflexões éticas, trazendo contribuições de grupos do mundo inteiro.>
Espaços de participação na Conferência>
Além do Brasil Participativo, a sociedade civil poderá propor atividades na Green Zone, área destinada a pavilhões temáticos sobre inovação, juventude, biodiversidade, financiamento climático e tecnologias limpas. O prazo para manifestações de interesse vai até 31 de agosto.>
Já no Pavilhão Brasil, organizações nacionais e internacionais terão espaço para apresentar propostas, dialogar sobre a emergência climática e integrar os debates da Agenda de Ação da COP30, estruturada em seis eixos com 30 compromissos estratégicos derivados do Balanço Global do Acordo de Paris. O envio de propostas pode ser feito até às 23h59 de 30 de agosto.>
Expectativa da sociedade civil>
A participação social é apontada como uma das grandes expectativas da COP30. Movimentos e entidades destacam a importância de assegurar presença diversa e qualificada nos espaços oficiais, além de promover atividades culturais e de mobilização paralelas.>
A Conferência reunirá lideranças globais, governos locais, setor privado, academia e sociedade civil em Belém, transformando a capital paraense no centro das discussões climáticas internacionais em 2025.>