'Belém para o mundo': ilhas e praias revelam um cenário surpreendente

Capital paraense é cercada por 42 ilhas com cenários paradisíacos, acessíveis por barco ou carro. Neste episódio, exploramos ilhas como Combu, Cotijuba, Outeiro e Mosqueiro.

Publicado em 10 de setembro de 2025 às 12:06

Na Ilha do Combu você encontrará comunidades ribeirinhas cheias de histórias e tradições.
Na Ilha do Combu você encontrará comunidades ribeirinhas cheias de histórias e tradições. Crédito: Rafael Medelima / COP30

No 2º episódio da série Belém para o Mundo, vamos te levar para conhecer algumas das principais praias da cidade. Se engana quem pensa que praia só existe onde há mar. Belém é cercada por 42 ilhas e guarda praias de água doce, e salgada também, que impressionam pela beleza, tranquilidade e imensidão. São cenários perfeitos para passar o dia mergulhando nos rios amazônicos e deixando o tempo escorrer sem pressa.

É o tipo de lugar em que você se desconecta da correria e se reconecta com a natureza, com direito a paisagens deslumbrantes, experiências autênticas e muitos patrimônios naturais. Quem conhece de perto esses cenários, é Leandro Melo Miranda, belenense apaixonado pelas ilhas da capital paraense. Para ele, esses refúgios são sinônimos de aconchego e refrigério.

“As pessoas que não conhecem [as praias de Belém], eu acredito que estão perdendo uma experiência incrível. Inclusive, nós temos aqui próximo a Ilha de Marajó, que é o coração da Amazônia, como é conhecida. Lá tem a praia de Soure, que é a princesa de Marajó, e tem também a praia de Salvaterra. Uma experiência única e revigorante”, detalha Leandro.

Dentre as principais ilhas de Belém, destacam-se Combu, Cotijuba, Mosqueiro e Caratateua. Algumas são acessíveis por carro, outras, só por barco. Basta um passeio de barco de apenas 10 minutinhos, saindo do centro da cidade, para chegar à charmosa Ilha do Combu, que é a 4ª maior ilha de Belém.

Lá, o visitante se encanta com igarapés de águas cristalinas, comunidades ribeirinhas cheias de histórias, bares e restaurantes que servem o melhor da culinária paraense, além de uma deliciosa atração: a famosa fábrica de chocolate artesanal, onde é possível conhecer de perto a produção do cacau amazônico e, claro, provar chocolates maravilhosos.

Outra excelente opção para quem deseja explorar as ilhas de Belém é a Ilha de Cotijuba. O percurso até lá é um pouco mais longo, mas vale cada minuto, pois é uma das ilhas mais belas e tranquilas da região, cercada por praias de areia clara e água doce. Entre elas, tem a Prainha, a Praia do Farol, a Praia do Amor, a Praia da Saudade, a Praia Funda, a Praia da Flexeira, a Pedra Branca e a mais conhecida de todas, a Praia do Vai-Quem-Quer.

Para chegar até Cotijuba, é necessário fazer a travessia de barco. O trajeto dura cerca de 20 minutos se for realizado na embarcação climatizada da Prefeitura, conhecida como “geladão”, que tem dois horários de ida e dois de volta, ao custo de R$4,50 (cerca de US$ 0,83 centavos de dólares). As demais embarcações, que saem de hora em hora, levam cerca de 40 minutos e custam R$10 (aproximadamente US$ 1,85 dólares).

Ao desembarcar na ilha, o transporte até as praias é feito por um veículo típico da região chamado motorrete — uma mistura de motocicleta com charrete, que acomoda até 8 pessoas. O valor da corrida varia de acordo com o destino escolhido, mas fica entre R$ 5 (cerca de US$ 1 dólares) e R$ 10 (cerca de US$ 1,85 dólares). Algumas de suas praias são: Prainha, Praia do Amor, Praia da Saudade, Praia Funda e a famosa Praia do Vai‑Quem‑Quer.

Carol Oliveira é uma das turistas que amou conhecer a ilha. Ela nasceu no Rio de Janeiro, mas tem uma forte ligação com Belém. Filha de pai paraense e mãe carioca, ela se mudou para a capital do Pará ainda pequena, aos três anos, por conta da transferência da Marinha, profissão do pai. Viveu na cidade por 11 anos. Hoje ela mora no Rio de Janeiro por conta do trabalho do pai, mas faz questão de dizer que seu coração pertence à Belém. Agora, de férias no Pará, fez questão de conhecer a Ilha de Cotijuba. “Pra mim, está sendo uma maravilha. Rede na beira da água, água quentinha, calma, doce. Muito bom”, descreve, encantada.

Para Carol, é gratificante ver Belém ganhando cada vez mais visibilidade. “Eu estou muito feliz que Belém está sendo valorizada. O Norte agora está sendo visto pelo mundo, porque é tanta cultura, é tanta gente, é uma região tão rica! A comida daqui, para mim, é a melhor culinária de todo o Brasil. É para vir aqui e sair apaixonado, porque é a raiz do Brasil. Maravilhoso! Só venham”, convida.

Mais uma ilha famosa é a de Mosqueiro, que conquistou sua fama graças ao clima bucólico e às raras praias com ondas. Ela está localizada a 70 km do centro de Belém e pode ser acessada de carro ou de ônibus. São 17 km de praias de água doce, entre as mais conhecidas estão Chapéu Virado, Murubira, Farol, Baía do Sol, Marahu e Paraíso, cada uma com seu charme e particularidade. Mas Mosqueiro vai muito além das praias: quem visita a ilha pode explorar trilhas, igarapés e diversas áreas verdes.

E a cerca de 25 km do centro de Belém, a Ilha de Caratateua, mais conhecida como Outeiro, é um dos destinos favoritos de quem busca sol, praia e um clima descontraído. Entre as mais procuradas estão a Praia Grande, a Praia do Amor e a Praia da Brasília.

A Praia Grande, como o nome já entrega, é extensa e perfeita para quem quer passar o dia inteiro em família curtindo as barracas de comida. A charmosa Praia do Amor tem águas mais calmas e um ar reservado, ideal para quem quer relaxar ou viver momentos românticos à sombra das árvores. Já a Praia da Brasília, com suas águas mais agitadas, costuma reunir quem gosta de um clima mais movimentado.

Mas Outeiro tem outra surpresa. As vilas de pescadores dão um toque autêntico à experiência. E claro, ninguém sai de lá sem experimentar um peixe frito fresquinho acompanhado de açaí, uma dupla que é a cara do Pará.