Belém tem menor alta da cesta básica em um ano; tomate ficou 3% mais barato em agosto

Enquanto preços recuaram em boa parte do país, capitais do Norte ainda registram variações positivas em alguns produtos

Publicado em 5 de setembro de 2025 às 16:38

Enquanto preços recuaram em boa parte do país, capitais do Norte ainda registram variações positivas em alguns produtos
Enquanto preços recuaram em boa parte do país, capitais do Norte ainda registram variações positivas em alguns produtos Crédito: Agência Brasil

O preço da cesta básica apresentou queda em 24 das 27 capitais brasileiras no mês de agosto, mas os números no Norte mostram um cenário misto, segundo a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada nesta sexta-feira (5) pelo Dieese e pela Conab.

Em Belém, o custo dos alimentos caiu na comparação com julho, puxado principalmente pelo tomate, que teve redução de 3,1%. No acumulado de 12 meses, porém, a capital paraense foi a que registrou a menor alta entre as cidades já acompanhadas pela pesquisa: 3,3%.

No restante da região, os resultados variaram. Macapá teve aumento de 0,9% na cesta, enquanto em Palmas a alta foi de 0,6%. Já em Rio Branco, praticamente não houve alteração (0,02%).

Tomate, arroz e café mais baratos

O alívio no bolso veio, sobretudo, da queda em itens básicos:

• Tomate: redução em quase todo o país, inclusive em Belém (-3,1%). As exceções foram Macapá (+9,1%) e Palmas (+2,6%).

• Arroz agulhinha: preços menores em 25 capitais; em Macapá, a queda foi de 8,7%, uma das maiores do país.

• Café em pó: caiu em 24 cidades, com destaque para Brasília (-5,5%) e João Pessoa (-4,7%).

Carne segue cara em parte do Norte

Já a carne bovina de primeira, um dos itens que mais pesam no orçamento, não acompanhou a tendência de queda em todas as capitais. Rio Branco, por exemplo, registrou alta de 2,2% no preço do produto em agosto.

Segundo o Dieese, mesmo com exportações em alta e menor oferta de abate no país, algumas cidades conseguiram registrar recuos no varejo.

Salário mínimo necessário

Com base no custo da cesta mais cara do país, em São Paulo (R$ 850,84), o Dieese calcula que o salário mínimo necessário para cobrir despesas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 7.147,91 em agosto — o equivalente a 4,71 vezes o valor atual de R$ 1.518.

No Norte, os valores absolutos da cesta permanecem entre os mais baixos do Brasil, mas o impacto sobre o orçamento familiar continua significativo, já que a renda média na região é menor que a de outras capitais do Sul e Sudeste.

Com informações da Agência Brasil