Bope realiza simulação de crise com artefato explosivo no Aeroporto de Belém

A ação foi promovida pela Polícia Federal, por meio de seu Grupo de Intervenção (GI).

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 21:06

Bope realiza simulação de crise com artefato explosivo no Aeroporto de Belém.
Bope realiza simulação de crise com artefato explosivo no Aeroporto de Belém. Crédito: Divulgação 

O Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), da Polícia Militar do Pará, participou de um Exercício Simulado de Apoderamento Ilícito de Aeronave (Esaia), realizado no Aeroporto Internacional de Belém, no bairro de Val-de-Cans, na madrugada desta terça-feira (9).

A ação foi promovida pela Polícia Federal, por meio de seu Grupo de Intervenção (GI), e teve como foco o aperfeiçoamento da cooperação entre os órgãos de segurança pública estadual e federal, especialmente em ocorrências de caráter transnacional e alta complexidade.

Durante o exercício, o Bope atuou com equipes especializadas em sniper (atiradores de elite), negociação, desativação de artefatos explosivos e intervenção tática, integrando-se às demais forças participantes de forma coordenada e estratégica.

A simulação envolveu a tomada de reféns em uma aeronave por criminosos armados, exigindo a aplicação de protocolos internacionais de resposta a situações de crise, além da articulação entre diferentes agentes de segurança em tempo real. A complexidade do cenário permitiu avaliar a prontidão das instituições envolvidas e a capacidade de resposta frente a ameaças extremas.

Exercícios como o Esaia são essenciais para manter as forças de segurança preparadas e alinhadas diante de desafios em ambientes sensíveis como aeroportos. Além disso, fortalecem a cultura da integração entre órgãos que, juntos, formam a linha de frente na proteção da sociedade.

A troca de experiências com a Polícia Federal e demais entidades participantes contribui significativamente para o aperfeiçoamento técnico, estratégico e humano do efetivo do Bope que, juntamente a outras unidades do Comando de Missões Especiais, é uma tropa de segundo esforço, sendo acionada em situações de grave crise.

“A negociação é a primeira opção em gerenciamento de crises, e a equipe de negociadores era formada por negociadores da PMPA e da PF. O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) do Bope aperfeiçoou, junto ao GPI da PF, protocolos de rendição de Causador do Evento Crítico, recebimento e triagem de reféns, bem como varredura em aeronave. Para a simulação, o Bope também forneceu atiradores policiais de precisão para atuarem dentro dos parâmetros previstos, o que foi um diferencial positivo para o gerente da crise e para o gabinete de tomada de decisões, que recebia praticamente em tempo instantâneo informações visuais detalhadas fornecidas pelos snipers do Bope”, explicou o capitão Zampietro, que coordenou as ações da unidade no local.

Ainda de acordo com o oficial, o exercício trabalhou com a possibilidade de conter artefatos explosivos na aeronave, por isso, o Esquadrão Contra Bombas do Bope e o Batalhão de Ações com Cães também atuaram em conjunto, fornecendo as opções de desativação de possíveis artefatos.

Segundo o comandante do Bope, major Rocha, embora seja uma simulação sob a coordenação da Polícia Federal, o Bope, como detentor de alternativas táticas, pode atuar no suporte a operações que envolvam reféns, explosivos e outras situações de crise. “Para esses tipos de situações, utilizamos nossas equipes de Ações Táticas Especiais e o esquadrão antibombas dentro da doutrina de gerenciamento de crise, sempre priorizando a compressão do tempo, pois cada segundo de atraso pode representar risco de vida. Por isso, o deslocamento rápido, aliado à técnica e ao preparo, é essencial para o sucesso das operações especiais”, disse o major.