BRT Metropolitano do Pará inicia em outubro com frota de 265 ônibus
Sistema beneficiará usuários de Belém e municípios da Região Metropolitana, com tarifas integradas e 40 ônibus elétricos; operação total prevista para pós-Círio.
Publicado em 6 de setembro de 2025 às 12:28
O Governo do Pará anunciou nesta sexta-feira (5) que o BRT Metropolitano iniciará a operação assistida em outubro, atendendo usuários de Belém, Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará e Santa Izabel do Pará. A previsão é que o sistema opere em sua totalidade logo após o Círio de Nazaré.
A nova frota contará com 265 ônibus novos, sendo 40 elétricos, todos equipados com ar-condicionado e Wi-Fi. Eles farão linhas expressas, entre Marituba e São Brás, e linhas alimentadoras, que levarão passageiros dos bairros até os terminais de integração.
Segundo o governador Helder Barbalho (MDB), durante a operação assistida, haverá orientação sobre linhas, itinerários e integração do sistema, garantindo que a população compreenda a dinâmica do BRT. Após a implementação total, os usuários poderão se deslocar utilizando mais de um ônibus pagando uma única passagem, com economia significativa.
“Hoje, um jovem que sai de Santa Izabel para estudar na UFPA paga cerca de R$ 40 por dia. Com o BRT, ele gastará apenas R$ 9,20 no total”, exemplificou o governador.
As obras do BRT estão 90% concluídas, com 13 estações e 13 passarelas em construção ao longo da faixa expressa entre Entroncamento e Marituba. Os terminais de Ananindeua e Marituba estão em fase final, com estrutura inédita que separa os fluxos de chegada e saída dos ônibus, aumentando a segurança.
Cada terminal terá Estação Cidadania, com serviços de emissão de documentos, orientação jurídica, além de postos da Polícia Federal, ambulatórios, lojas, lanchonetes e banheiros, todos acessíveis.
Os 40 ônibus elétricos atenderão exclusivamente as faixas expressas, enquanto os 225 veículos Euro 6 circularão nos bairros e nas linhas expressas até o Ver-o-Peso e a UFPA, emitindo 15 vezes menos carbono que os modelos atuais.
O investimento na frota vem do tesouro estadual e de financiamento da Caixa Econômica Federal, por meio do Programa Pró-Transporte FGTS, do Ministério das Cidades, reforçando o compromisso do governo com mobilidade sustentável e acessível na região.
