Café da manhã mais caro: preço do pão sobe quase 9% em 12 meses em Belém, segundo o DIEESE/PA

Com a alta do café e do leite, o tradicional café da manhã do paraense ficou mais caro no último mês.

Publicado em 20 de junho de 2025 às 15:00

(Café da manhã mais caro: preço do pão sobe quase 9% em 12 meses em Belém, segundo o DIEESE/PA)
(Café da manhã mais caro: preço do pão sobe quase 9% em 12 meses em Belém, segundo o DIEESE/PA) Crédito: AQUIVO/AGÊNCIA BRASIL

O custo da cesta básica voltou a subir no Pará. De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), em maio de 2025 o valor do conjunto de 12 alimentos essenciais chegou a R$ 726,38 — o maior valor do ano até agora — comprometendo mais da metade do salário mínimo atual, de R$ 1.518,00.

Entre os produtos que mais pesaram no bolso do paraense, o pão francês se destacou: teve a 3ª maior alta do mês, atrás apenas do leite e do café. A combinação desses três itens fez com que o simples café da manhã se tornasse um desafio maior para muitas famílias.

Em maio, o quilo do pão foi vendido, em média, por R$ 17,11 em Belém, um aumento de 2,09% em relação a abril, quando custava R$ 16,76. De janeiro a maio, o pão já acumula alta de 8,50%, e nos últimos 12 meses, o aumento foi de 8,84%, superando inclusive a inflação geral do período, estimada em 5,3%.

Os dados são baseados em levantamentos semanais realizados em padarias e supermercados da capital paraense. A trajetória de preços mostra uma tendência constante de alta: em maio do ano passado, o quilo era vendido a R$ 15,72, subindo para R$ 15,77 em dezembro. A partir de março deste ano, a elevação se acentuou, com o preço saltando para R$ 16,27, depois para R$ 16,76 em abril, até atingir os atuais R$ 17,11.

Segundo o DIEESE, Belém lidera o ranking nacional de aumento no preço do pão nos últimos 12 meses, à frente de Florianópolis/SC (8,38%) e Belo Horizonte/MG (8,06%). A variação de preços está atrelada, principalmente, ao custo do trigo — matéria-prima importada e fortemente afetada pela alta do dólar, variações climáticas e custos de produção.