Prefeito de Parauapebas é acusado de intolerância religiosa e vira alvo de investigação da PC

Uma denúncia contra Goiano, foi protocolada pela Federação Espírita Umbandista dos Cultos Afros Brasileiros do Estado do Pará (Feucabep).

Publicado em 20 de junho de 2025 às 19:21

Prefeito do município de Parauapebas, no Pará, Aurélio Goiano (Avante)
Prefeito do município de Parauapebas, no Pará, Aurélio Goiano (Avante) Crédito: Divulgação

O prefeito do município de Parauapebas, no Pará, Aurélio Goiano (Avante), virou alvo de uma investigação da Polícia Civil do Pará, após ser acusado de intolerância religiosa.

Uma denúncia contra Goiano, foi protocolada pela Federação Espírita Umbandista dos Cultos Afros Brasileiros do Estado do Pará (Feucabep) no Ministério Público e na Polícia Civil, após o prefeito fazer declarações consideradas discriminatórias contra religiões de matriz africana, durante uma sessão solene que ocorria na Câmara Municipal de Parauapebas, no dia 11 de junho. O evento celebrava o Dia Municipal do Evangélico.

Durante a fala, o prefeito afirmou que se religiosos de matriz africana procurassem a prefeitura, seriam recebidos por um pastor, que “diria que Jesus salva, cura e que é melhor se ligar para não ir para o inferno”.

“Esse prefeito é terrivelmente temente a Deus. Se as religiões de matriz africanas precisarem do apoio da prefeitura, a Coordenação de Assuntos Religiosos está de portas abertas e um pastor irá recebê-los e ainda vai dizer: Jesus salva, Jesus cura e se liga para você não ir para o inferno!”, disse Goiano.

O prefeito ainda chamou um coordenador religioso do município de “matador de demônios” ao se referir ao atendimento de adeptos de outras crenças.

Segundo a Feucabep, a declaração de Goiano “incita o ódio e promove guerra de religiões”, o que desrespeita a laicidade do Estado e a legislação brasileira.