Dois paraenses mortos em chacina na divisa do Pará com o Amapá são sepultados

A chacina aconteceu no último domingo (3), quando um grupo de nove homens foi até o distrito de Monte Dourado, em Almeirim (PA), próximo a Laranjal do Jari (AP), supostamente para negociar a compra de terrenos

Publicado em 11 de agosto de 2025 às 15:51

As mortes ocorreram em diferentes pontos do Rio Iratapuru, área remota e de difícil acesso, próxima a locais de extração de ouro
As mortes ocorreram em diferentes pontos do Rio Iratapuru, área remota e de difícil acesso, próxima a locais de extração de ouro Crédito: Reprodução 

Foram enterrados neste fim de semana os corpos de dois paraenses que estavam entre as oito vítimas de uma chacina ocorrida na divisa do Pará com o Amapá.

O corpo de Dhony Dalton Clotilde Neres, de 35 anos, chegou a Itaituba, no sudoeste do estado, no domingo (10), onde familiares e amigos se reuniram para a despedida. Já Gustavo Gomes Pereira, de 30 anos, foi sepultado no sábado (9), em Ourilândia do Norte, no sul do Pará.

A chacina aconteceu no último domingo (3), quando um grupo de nove homens foi até o distrito de Monte Dourado, em Almeirim (PA), próximo a Laranjal do Jari (AP), supostamente para negociar a compra de terrenos. Segundo a polícia, eles teriam sido confundidos com assaltantes de outros garimpos da região. Apenas um homem sobreviveu, sendo resgatado pelo Grupo Tático Aéreo (GTA).

As mortes ocorreram em diferentes pontos do Rio Iratapuru, área remota e de difícil acesso, próxima a locais de extração de ouro. As equipes de segurança precisaram de helicópteros para chegar até as vítimas. Os suspeitos do massacre já foram identificados pelas autoridades do Amapá, mas seus nomes não foram divulgados.

As vítimas foram identificadas como:

• Antônio Paulo da Silva Santos, o Toninho, 61 anos, de Cedro (MA);

• Dhony Dalton Clotilde Neres, o Bofinho, 35 anos, de Itaituba (PA), garimpeiro legalizado em Calçoene;

• Elison Pereira de Aquino, o Dinho, 23 anos, de Laranjal do Jari (AP), transportava combustível para o garimpo e deixou esposa grávida;

• Gustavo Gomes Pereira, o Gustavinho, 30 anos, de Ourilândia do Norte (PA), morava em Macapá, era casado e pai de um bebê de 1 ano, sem ligação com a atividade garimpeira;

• Jânio Carvalho de Castro, o Jane, de Bom Jesus do Tocantins (PA), garimpeiro legalizado em Calçoene;

• José Nilson de Moura, o Zé doido, 38 anos, de Lagoa da Pedra (MA);

• Luciclei Caldas Duarte, o Tripa, 39 anos, de Laranjal do Jari (AP), piloto da voadeira usada pelo grupo;

• Paulo Felipe Galvão Dias, 30 anos, de Capitão Poço