Publicado em 28 de dezembro de 2024 às 12:03
Na última sexta-feira, 27, o governo do Pará publicou o edital para a concessão de serviços de saneamento em 126 dos 144 municípios do estado. Com leilão agendado para 11 de abril de 2025, o projeto prevê R$ 18,8 bilhões em investimentos para atingir as metas de universalização até 2039.>
Os 18 municípios paraenses não contemplados no projeto já são atendidos por concessões privadas. As 126 cidades restantes serão divididas em quatro blocos, conforme o modelo estruturado com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).>
O critério para a disputa da concessão será o de maior valor de outorga fixa. Os valores mínimos estabelecidos são de aproximadamente R$ 1,042 bilhão para o bloco A, R$ 19 milhões para o bloco B, R$ 400 milhões para o C e R$ 34 milhões para o bloco D.>
Está previsto ainda o pagamento de outorga variável no Bloco A até 2039. Os valores serão parcialmente utilizados para pagamento das tarifas e o custeio das ligações intradomiciliares dos usuários mais vulneráveis.>
Dos quase R$ 19 bilhões em investimentos, R$ 6,2 bilhões serão destinados ao bloco A, R$ 4,6 bilhões ao bloco B, R$ 3,6 bilhões ao bloco C e R$ 4,4 bilhões ao bloco D. Os valores devem ser executados ao longo dos 40 anos de concessão, concentrados nos primeiros 14 anos. O aporte do projeto paraense é superior aos das últimas concessões de saneamento promovidas no país.>
Em setembro deste ano, a operação de Sergipe foi arrematada pela Iguá, com estimativa de R$ 6,3 bilhões em investimentos. No mês seguinte, a Aegea venceu a disputa pela concessão do Piauí, que soma R$ 8,6 bilhões em investimentos.>
A universalização dos serviços de abastecimento saneamento é uma das premissas do projeto do Pará, já que o estado ainda registra baixos níveis de fornecimento, destaca o BNDES. Na capital Belém, por exemplo, a cobertura da rede de coleta e tratamento de esgoto não passa de 15%, segundo o banco de fomento.>
A meta para 2033 é alcançar 99% de atendimento com abastecimento de água nos quatro blocos e 90% com esgotamento sanitário no bloco A, que inclui municípios da Região Metropolitana, como Ananindeua, Marituba e a própria capital.>
Já a universalização do esgotamento sanitário nos blocos B, C e D, com 90% de atendimento, deverá ser atingida até 2039.>