ENEM 2025: No Pará, questões parecidas com conteúdos de Edcley voltam a levantar suspeitas
O universitário ofereceu cursos de mentoria para vestibulandos com perguntas “muito semelhantes” às aplicadas oficialmente no exame.
Publicado em 1 de dezembro de 2025 às 17:54
Na véspera da nova aplicação do ENEM 2025 para candidatos da capital paraense e região metropolitana, marcada para este domingo (30), devido à mudança de data provocada pela COP30, internautas voltaram a levantar suspeitas nas redes sociais sobre a lisura das provas, apontando semelhanças entre questões que supostamente apareceriam na prova e conteúdos divulgados anteriormente por Edcley Teixeira.
Segundo usuários de fóruns e grupos online, algumas das questões apresentadas por Edcley em lives e aulões preparatórios teriam reaparecido, ou seriam muito similares, às que caíram nas versões do exame aplicadas em 9 e 16 de novembro. Em reação, surgiram dezenas de postagens e comentários em que candidatos de várias regiões manifestam apreensão de que a prova em Belém repita itens já “vazados”, o que poderia comprometer a confiabilidade do exame.
O caso ganhou maior repercussão depois que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, anulou três questões do exame nacional, afirmando que foram identificadas “similaridades pontuais” entre conteúdos divulgados por Edcley e os itens aplicados. A anulação ocorreu após denúncia pública e ativação de investigação pela Polícia Federal.
Por outro lado, Edcley nega ter agido de má-fé ou vazado oficialmente as provas. Em entrevista, ele afirmou que as semelhanças se devem a uma série de “pré-testes” utilizados em avaliações anteriores, às quais ele teve acesso, e que, por isso, algumas questões teriam se repetido. Segundo ele, não haveria um vazamento direto de prova sigilosa.
Enquanto a comunidade on-line e candidatos aguardam com apreensão o exame no Pará neste domingo, muitos pedem providências mais rígidas e transparência do Inep. A PF continua investigação, e o resultado pode definir se haverá responsabilização criminal por vazamento de conteúdo sigiloso ou se o caso será tratado como coincidência envolvendo o banco de pré-testes do Inep.
