Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 15:07
Em cartaz desde há pouco mais de um mês no Parque Zoobotânico do Museu Goeldi, em Belém, a exposição “Brasil: Terra Indígena” entra na última fase de visitação e pode ser apreciada pelo público até o dia 26 de dezembro. A mostra apresenta a história da presença cultural dos povos indígenas no território nacional e evidencia seu protagonismo na relação sustentável com a terra e na formação da identidade brasileira. A curadoria reúne a produção cultural de mais de 300 povos indígenas que habitam os 26 estados e o Distrito Federal.>
“Valorizar e reconhecer o protagonismo indígena, especialmente no período em que o mundo todo está reunido no Brasil para pensar os futuros que queremos construir, é uma oportunidade única de conectar o país com a sua história e o mundo com as identidades brasileiras, em sinergia com a atuação da Vale para fortalecer e visibilizar a diversidade da nossa cultura e com a nossa presença na Amazônia há 40 anos, como agente de desenvolvimento”, diz Hugo Barreto, diretor-presidente do Instituto Cultural Vale.>
Produzida pelo Instituto Cultural Vale, por meio do Centro Cultural Vale Maranhão, em parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi, com patrocínio da Vale e realização do Ministério da Cultura via Lei de Incentivo à Cultura, a exposição apresenta mais de 2 mil peças em exposição, como cestarias, cerâmicas e indumentárias de povos indígenas de todos os estados do país.>
Além da expressão material dos povos, a curadoria, realizada coletivamente, contempla a obra fotográfica de 45 artistas indígenas, que registraram o cotidiano e a presença de importantes lideranças indígenas da atualidade. A parceria com o Instituto Moreira Salles enriquece o conteúdo da mostra ao trazer imagens etnográficas e históricas de povos indígenas produzidas por grandes nomes da fotografia nacional, como Maureen Bisilliat e Marcel Gautherot.>
Para o curador e diretor do Centro Cultural Vale Maranhão, Gabriel Gutierrez, “Brasil: Terra Indígena” é uma convocatória. “Uma afirmação da presença dos povos originários, que seguem criando o país com suas culturas e suas lutas. No contexto da COP 30, quando o mundo se volta à Amazônia e às urgências climáticas, esta exposição reafirma: não haverá futuro sustentável sem os povos indígenas”, explica.>
Emanoel de Oliveira Junior, coordenador de museologia do Museu Goeldi, explica que o visitante é convidado a ver, ouvir e sentir a força de culturas indígenas que sustentam a vida. “Precisamos reconhecer e integrar essa visão de mundo, não como herança, mas como ciência para futuros possíveis”, enfatiza.>
Dentre os diversos temas abordados, “Brasil: Terra Indígena” apresenta as línguas indígenas existentes no Brasil em um mapa inédito, desenvolvido especialmente para a exposição, e mostrando também as cosmovisões dos povos originários. A Amazônia concentra quase duas centenas de línguas ainda faladas, muitas delas ameaçadas.>
Segundo o diretor do Museu Goeldi, Nilson Gabas Júnior, é muito simbólico o fato de Belém, uma das portas de entrada para a Amazônia, ter sido escolhida para simbolizar o compromisso do Brasil no combate às mudanças climáticas com a realização da COP30, destacando a região como solução para a crise global. “A exposição amplifica esse simbolismo, instalada no Parque do Museu, ela ressalta que Belém é também um "museu vivo" da herança indígena. Murais, fotografias e instalações dialogam com a biodiversidade amazônica e as heranças indígenas”, analisa.>
A coleção de artefatos apresentada é fruto de relacionamento e construção colaborativa com os diversos povos originários brasileiros ao longo dos anos, e conta com empréstimos importantes dos acervos etnográficos e arqueológicos do MPEG. As peças contam sobre cosmologias, histórias e narrativas de luta que estruturam a identidade brasileira, reconhecendo a centralidade da “Terra Indígena” na própria noção de território nacional.>
Iniciativas fortaleceram cultura do Pará na COP>
A exposição “Brasil: Terra Indígena” se somou a uma série de iniciativas realizadas, articuladas e patrocinadas pela Vale em Belém no contexto da COP30. Inaugurado em outubro, o Museu das Amazônias, do qual a Vale é parceira estratégica, é um marco da requalificação urbana da área portuária de Belém e um dos principais legados da Conferência Mundial à capital paraense. Dedicado à cultura, ciência e sustentabilidade, já foi visitado por mais de 25 mil pessoas.>
Já em sua segunda edição, a Bienal das Amazônias reúne mais de 74 artistas da Pan-Amazônia e Caribe, com obras que atravessam territórios, memórias e linguagens nos oito mil metros quadrados do Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA) – espaço de antigo prédio comercial revitalizado também com apoio da Vale.>
A preservação e recuperação do patrimônio histórico e cultural é um eixo de atuação da Vale na cultura, que se fortalece com o primeiro restauro da Basílica Santuário de Nazaré em mais de 100 anos de História, em uma iniciativa que reuniu cerca de 100 profissionais; e a entrega da primeira fase da recuperação do Conjunto dos Mercedários UFPA, um dos marcos arquitetônicos de Belém.>
Sobre a Vale>
A Vale acredita que a cultura transforma vidas. Pelo quinto ano consecutivo é a maior apoiadora privada da Cultura no Brasil, patrocinando e fomentando projetos em parcerias que promovem conexões entre pessoas, iniciativas e territórios. Seu compromisso é contribuir com uma cultura cada vez mais acessível e plural, ao mesmo tempo em que atua para o fortalecimento da economia criativa.>
Para fortalecer sua atuação na Cultura, em 2020 foi criado o Instituto Cultural Vale, que já esteve ao lado de mais de mil projetos em todo o país, com investimento de mais de R$ 1 bilhão em recursos próprios da Vale e via Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios, com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Conheça mais sobre a Vale em vale.com>
Sobre o Museu Goeldi>
Centro pioneiro nos estudos científicos dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimento, organização e manutenção de acervos de referência mundial relacionados à região. Estimula a apreciação, apropriação e uso do conhecimento científico sobre a região pela população.>
Vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o Museu Goeldi é um dos mais antigos, maiores e populares museus brasileiros. Foi fundado em 1866 na cidade de Belém, onde está localizado seu Parque Zoobotânico e o Campus de Pesquisa. Mantém ainda no Arquipélago do Marajó (PA) a Estação Científica Ferreira Penna, um laboratório avançado para o estudo do funcionamento da Floresta Amazônica.>
Sobre o Centro Cultural Vale Maranhão>
Localizado em um casarão do centro histórico de São Luís, o Centro Cultural Vale Maranhão prioriza a produção cultural maranhense sem deixar de abrir espaço para conteúdos que venham de outros lugares. Tem o objetivo de interagir com o espaço em que está inserido, somando forças com instituições vizinhas para pensar, de maneira conjunta, em maneiras de fortalecer o centro histórico da capital do estado como polo cultural de reconhecimento nacional.>
Serviço:>
Exposição: Brasil: Terra Indígena
Local: Museu Paraense Emílio Goeldi – Centro de Exposições Eduardo Galvão
Av. Magalhães Barata, 376 – São Brás, Belém (PA)
Visitação: até o dia 28 de dezembro
De quarta a domingo (inclusive feriados), das 9h às 16h (bilheteria até 15h)
R$ 3,00 (inteira) | R$ 1,50 (meia) | gratuidades conforme Lei
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