Grupo é preso em operação de combate à corrupção em Belém, Abaetetuba e Oeiras

A segunda fase da “Operação Rêmora” teve como objetivo cumprimento de prisão e busca e apreensão em Belém e no interior do estado.

Publicado em 17 de outubro de 2025 às 07:27

(A Polícia Civil deflagrou a segunda fase da “Operação Rêmora”, no Pará.)
(A Polícia Civil deflagrou a segunda fase da “Operação Rêmora”, no Pará.) Crédito: Divulgação

Na manhã desta quinta-feira (16), a Polícia Civil, por meio da Diretoria Estadual de Combate à Corrupção (DECOR), com apoio do Núcleo de Inteligência Policial (NIP) e Grupamento Fluvial (GFLU), deflagrou a segunda fase da “Operação Rêmora”, que teve como objetivo cumprimento de prisão e busca e apreensão em Belém e no interior do estado.

Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca pessoal e sequestro de bens nos municípios de Abaetetuba, Belém e Oeiras, expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará. Além de seis mandados de busca e apreensão cumpridos em residências e em estabelecimento empresarial.

A operação investiga o envolvimento de um vereador, servidores públicos e empresários em um esquema de corrupção. Estima-se que a ação criminosa teria desviado mais de 3 milhões de reais por meio de licitações irregulares ocorridas no ano de 2021 no município de Oeiras do Pará.

As denúncias que motivaram a investigação, apontaram diversas irregularidades no âmbito do Pregão Eletrônico, que teve como contratante o Município de Oeiras do Pará. Ressalta-se que na primeira fase da operação, foi deferida uma cautelar de Quebra de sigilo de dados telemáticos, na qual foi possível confirmar a participação dos autores através de diversos diálogos em aplicativo, alinhando fraude na licitação para o transporte escolar no município, direcionando o resultado para a empresa investigada.

Com o cumprimento das novas cautelares, foram suspensos todos os contratos firmados entre a empresa investigada e o município de Oeiras do Pará, bem como foram bloqueados ativos financeiros que totalizam mais de R$ 3,1 milhões.

A operação mobilizou 23 policiais civis e 03 policiais do Grupamento Fluvial, que durante as buscas, apreenderam duas armas de fogo, valores em espécie, documentos e equipamentos eletrônicos que serão periciados.

As investigações seguem com o objetivo de analisar os materiais apreendidos nas buscas. Os presos responderão pelos crimes de fraude à licitação, corrupção passiva, peculato e associação criminosa.