Publicado em 17 de outubro de 2025 às 08:43
O possível rebaixamento do Paysandu à Série C do Campeonato Brasileiro em 2026 pode representar um baque financeiro milionário para o clube. A diferença entre as cotas de participação das duas divisões ultrapassa os R$ 8 milhões, o que agravaria ainda mais o momento delicado vivido pelo Papão da Curuzu.>
Na Série B, o valor mínimo garantido pela CBF e pelos contratos de transmissão centralizados foi de R$ 10 milhões por clube em 2024, podendo chegar a R$ 11,5 milhões, conforme os acordos entre os blocos Liga Forte União e Libra. Além da quantia fixa, os clubes ainda recebem bônus por desempenho ao final da competição, o que pode elevar o total recebido durante a temporada.>
Na Série C, o cenário é bem diferente. Cada clube participante recebeu R$ 1,2 milhão de cota de participação em 2024, valor pago pela CBF. As equipes que avançaram ao quadrangular final receberam um acréscimo de R$ 312,5 mil, totalizando pouco mais de R$ 1,5 milhão — ainda assim, cerca de nove vezes menor do que o valor pago na Série B.>
A redução drástica de receita representa um grande desafio para o Paysandu, que já enfrenta dificuldades financeiras. Em novembro de 2024, o clube foi condenado pela Justiça do Trabalho a pagar uma multa de R$ 1,5 milhão por atrasos salariais a funcionários e jogadores.>
Além do impacto direto nas cotas de TV e premiações, o rebaixamento tende a afetar também as receitas de patrocínio, bilheteria e sócio-torcedor, que costumam cair quando o clube disputa uma divisão inferior.>
Se confirmada a queda, o Paysandu terá de reformular o orçamento para 2026, com menos recursos disponíveis para montagem do elenco e necessidade de reestruturação financeira. O desafio será equilibrar as contas para evitar que o prejuízo dentro de campo se transforme em nova crise fora dele.>