Publicado em 23 de outubro de 2025 às 14:35
A Polícia Civil prendeu preventivamente um homem em Belém suspeito de integrar um esquema de fraudes eletrônicas conhecido como “golpe do falso boleto”. A ação fez parte da “Operação Último Boleto”, deflagrada na quarta-feira (22), para investigar um crime que vitimou uma empresa de serviços póstumos de Rio Verde, em Goiás. Além da prisão, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em imóveis ligados aos investigados.>
A investigação, iniciada em junho de 2023, revelou que boletos bancários adulterados foram enviados ao setor financeiro da empresa, que acabou efetuando sete pagamentos indevidos. O prejuízo total chegou a R$ 54 mil. Três pessoas foram identificadas como responsáveis diretas pelas invasões e movimentações fraudulentas, entre elas um empresário do ramo de informática residente em Belém.>
De acordo com o delegado João Amorim, titular da Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados por Meios Cibernéticos (DCCCEP), o grupo teria obtido acesso não autorizado aos e-mails corporativos da empresa, alterando os dados dos beneficiários dos boletos. “A análise técnica apontou indícios de invasão cibernética por meio de um programa de acesso remoto, que permitiu o redirecionamento das comunicações para um e-mail usado pelos golpistas”, explicou.>
Durante o cumprimento dos mandados judiciais, expedidos pelo Poder Judiciário de Goiás, foram apreendidos celulares, equipamentos de informática, £500 em espécie, cartões bancários e um veículo de luxo. Os suspeitos podem responder por furto qualificado mediante fraude, invasão de dispositivo informático e uso de documento falso. Segundo a Polícia Civil, o grupo atuava de forma organizada a partir do Pará, com foco em fraudes patrimoniais baseadas na adulteração de boletos e manipulação de sistemas corporativos.>
Por Elias Felippe (Estagiário sob supervisão de Cássio Leal, editor-chefe da tarde).>