Itens derivados da fauna silvestre ameaçados de extinção são apreendidos no Pará

Os produtos foram confiscados durante fiscalização do Ibama no Festival Sairé 2025, realizado em Alter do Chão.

Publicado em 30 de setembro de 2025 às 12:14

Equipe durante abordagem a comerciantes no festival.
Equipe durante abordagem a comerciantes no festival. Crédito: Divulgação/Ibama

Em uma festividade tradicional amazônica, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) deflagrou a Operação Sairé, entre 18 e 22 de setembro, em Alter do Chão, no Pará. A ação teve como objetivo combater a comercialização de produtos e subprodutos provenientes de animais silvestres.

Durante a operação, foram apreendidos 41 brincos de penas de aves silvestres, especialmente de grupos ameaçados de extinção; colar de penas; brincos de ossos, sendo um par de costela de jiboia (Boa constrictor); dentes de tubarão; e um dente de grande mamífero. Os responsáveis pelos produtos são passíveis de autuações e multas que variam entre R$ 500 e R$ 5 mil, previstos no Decreto nº 6.514/2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente.

A comercialização de produtos oriundos da fauna silvestre incentiva o tráfico e agrava a situação de animais ameaçados ou em vulnerabilidade de extinção. Além disso, afeta as comunidades indígenas, que possuem o direito constitucional para o uso desses adornos.

O Ibama atua na proteção da fauna silvestre brasileira, tanto por meio de práticas de educação ambiental – como campanhas de conscientização, a exemplo da Não Tire as Penas da Vida –, quanto por meio de fiscalização ostensiva, buscando assegurar que as festividades tradicionais indígenas ocorram de forma sustentável.