Justiça converteu para preventiva a prisão do homem que ateou fogo na companheira

Crime ocorreu em Salinópolis; vítima e filha seguem internadas em estado gravíssimo, e suspeito responderá por tentativa de feminicídio.

Publicado em 29 de dezembro de 2025 às 14:48

Justiça converteu para preventiva a prisão do homem que ateou fogo na companheira
Justiça converteu para preventiva a prisão do homem que ateou fogo na companheira Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça do Pará converteu em prisão preventiva a custódia de Edson Vales Coelho, suspeito de atear fogo na companheira, Thayse do Nascimento, e na filha do casal, uma criança, enquanto ambas dormiam. O crime aconteceu na manhã do dia 28 de dezembro de 2025, em uma residência localizada na Rua Durval Dias, no bairro Atlântico II, em Salinópolis, no nordeste do estado.

Segundo informações do processo, o ataque teria sido motivado por uma suposta infidelidade conjugal. O suspeito jogou líquido inflamável sobre as vítimas e, em seguida, ateou fogo. Uma câmera de segurança instalada nas proximidades do imóvel registrou o momento em que o homem foge do local em uma motocicleta. No áudio da gravação, é possível ouvir o grito de uma criança.

Vizinhos perceberam a situação e correram para prestar socorro. Um dos moradores conseguiu retirar um lençol em chamas de dentro da casa e jogá-lo no meio da rua, evitando que o incêndio se espalhasse para outros cômodos e residências próximas.

As vítimas foram socorridas por populares e, posteriormente, por equipes do Corpo de Bombeiros, sendo encaminhadas em estado gravíssimo ao Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, em Ananindeua, onde seguem internadas.

Após o crime, Edson fugiu em uma motocicleta e foi perseguido pela Polícia Militar. Ele acabou interceptado na rodovia BR-316, nas proximidades de Santa Izabel do Pará, onde colidiu de forma intencional contra uma viatura policial durante a fuga. A prisão contou com a atuação conjunta de forças de segurança.

Mesmo internada e em condição física debilitada, Thayse prestou depoimento por videoconferência, relatando os momentos de desespero vividos e confirmando a autoria do companheiro. Diante da gravidade dos fatos, do risco de fuga, da violência doméstica e da possibilidade de interferência na investigação, a Justiça decidiu converter a prisão em flagrante em prisão preventiva.

O suspeito deve responder, em tese, pelos crimes de tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio qualificado, em concurso formal. O caso segue sob investigação.