Publicado em 4 de junho de 2025 às 11:36
Mais de meia tonelada de polpas de frutas clandestinas foi apreendida em uma operação realizada em supermercados de Tomé-Açu e no distrito de Quatro Bocas, no nordeste do Pará. A ação, feita na terça-feira (3), contou com equipes da Adepará, Ministério Público e Vigilância Sanitária Municipal.
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Os produtos, vendidos normalmente nas prateleiras, não tinham qualquer registro de procedência, o que representa um risco direto à saúde do consumidor. Ao todo, cerca de 540 quilos de polpas foram recolhidos.>
Segundo os fiscais, a produção clandestina dessas polpas é feita sem controle de higiene, em locais que não seguem as normas sanitárias exigidas por lei.
“Esses produtos não passam por nenhuma inspeção. Não dá para saber de onde vêm nem como foram produzidos”, alertou Nelson Leite, da Adepará.>
Risco à saúde e concorrência desleal>
Além do risco à saúde, a venda clandestina prejudica produtores legalizados. Enquanto os ilegais escapam das exigências sanitárias e tributárias, as agroindústrias registradas investem em estrutura, documentação e fiscalização para garantir a qualidade do que produzem.>
Atualmente, o Pará possui 242 estabelecimentos autorizados a produzir polpas de frutas, todos registrados no Serviço Estadual de Inspeção Vegetal. Esses empreendimentos podem vender seus produtos em todo o estado e até fornecer para a merenda escolar das redes municipais.>
Regularização é possível>
A Adepará reforça que quem quiser trabalhar de forma regularizada pode buscar apoio da agência. “Muita gente já tem o espaço, mas falta ajustar à legislação. A gente orienta, acompanha e ajuda nesse processo”, afirmou Nelson.>
A produção legal de polpas de frutas movimenta cerca de 3.500 toneladas por ano no Pará, envolvendo 82 municípios e gerando emprego e renda.>