Publicado em 22 de outubro de 2025 às 14:58
Os Ministérios Públicos de oito países do Mercosul firmaram, nesta terça-feira (21), um compromisso conjunto para intensificar o combate ao crime organizado na América do Sul. A decisão foi tomada durante a 38ª Reunião Especializada do grupo, realizada em Belém.>
O acordo prevê o uso de novas tecnologias para analisar dados e cruzar informações que auxiliem investigações criminais. A iniciativa também busca reforçar a cooperação entre os países e agilizar o compartilhamento de provas e informações estratégicas. Participaram da assinatura representantes do Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e Suriname.>
Com o aumento das ações de organizações criminosas na região, e das ameaças a procuradores, o documento destaca a necessidade de unidades especializadas e ferramentas tecnológicas mais modernas para lidar com crimes complexos, como tráfico de drogas, contrabando, lavagem de dinheiro e exploração de recursos naturais.>
Segundo o vice-procurador-geral da República, Hindenburgo Chateaubriand, é essencial investir em conhecimento e inovação para enfrentar essas redes criminosas.>
“Precisamos aprofundar o uso de tecnologia e a troca de informações. Só assim poderemos responder de forma eficaz aos desafios impostos pela criminalidade”, afirmou.>
Os procuradores também reforçaram a importância da cooperação direta entre Ministérios Públicos, com a formação de equipes conjuntas de investigação. Nesses grupos, promotores e procuradores de diferentes países trabalham lado a lado em casos que envolvem crimes transnacionais, agilizando o processo sem depender de burocracias diplomáticas.>
Outro ponto da declaração é o treinamento contínuo de profissionais que atuam na área criminal, com foco em técnicas de investigação e uso de tecnologias avançadas.>
Como resultado do encontro, o grupo propôs incluir no próximo Comunicado Conjunto dos Presidentes do Mercosul um pedido para ampliar o uso de ferramentas tecnológicas nas investigações, fortalecendo a resposta dos países contra o crime organizado.>
Com informações do Ministério Público Federal>