Pará avança na inclusão: 2 mil mães atípicas são aprovadas para CNH gratuita

O Governo do Pará divulgou, nesta segunda-feira (16), a lista de aprovadas da edição especial do Programa CNH Pai D’égua, Mães Atípicas, voltada exclusivamente a mulheres responsáveis pelo cuidado de filhos com deficiência. A ação contempla 2 mil candidatas classificadas entre as quase 5 mil inscritas dos municípios que integram a Região Metropolitana de Belém.

A iniciativa faz parte do maior programa de habilitação gratuita do país, que já soma 60 mil beneficiários em todo o estado. Nesta edição, o foco foi direcionado a um grupo que enfrenta múltiplas barreiras: mães que precisam conciliar o cuidado intensivo com os filhos e, ao mesmo tempo, lutam para entrar ou permanecer no mercado de trabalho.

“Sabemos das dificuldades que essas mulheres enfrentam para se locomover com os filhos, entre consultas, terapias e atividades escolares. A CNH gratuita é uma forma de reconhecimento e apoio à autonomia dessas mães”, afirma Renata Coelho, diretora-geral do Departamento de Trânsito do Estado (Detran).

As inscrições contemplaram mulheres residentes em Belém (incluindo as ilhas de Cotijuba, Mosqueiro, Caratateua e Combu), Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Castanhal e Barcarena. A lista com os nomes das classificadas pode ser conferida nos sites cnhp.detran.pa.gov.br ou www.detran.pa.gov.br.

Atenção ao cronograma

O Detran alerta para o cumprimento rigoroso do calendário estabelecido no edital. As candidatas devem ficar atentas às datas de matrícula e à documentação obrigatória. A não apresentação correta pode levar à desclassificação.

“Nosso objetivo é que todas as mulheres classificadas possam efetivar sua matrícula e ter acesso ao benefício. A CNH pode se tornar uma ferramenta de mobilidade, independência e, sobretudo, de dignidade para essas mães”, reforçou Renata Coelho.

A fase de apresentação de recursos estará disponível nos dias 17 e 18 de junho, terça e quarta-feira, para quem quiser contestar o resultado.

Entre os critérios de desempate utilizados pelo programa estão: quantidade de filhos com deficiência, menor renda familiar per capita, número de pessoas no núcleo familiar, estar cadastrada no Bolsa Família, não ter vínculo empregatício e idade da candidata.

A ação faz parte dos esforços do governo estadual em promover equidade e inclusão, reconhecendo que garantir mobilidade a mães atípicas não é apenas oferecer um documento, mas abrir caminhos para uma vida com mais autonomia e oportunidades.