Polícia Federal investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Pará

Operação Expertise prendeu cinco pessoas preventivamente e apreendeu veículos dos suspeitos.

Publicado em 2 de setembro de 2025 às 08:44

 - Atualizado há 9 horas

Polícia Federal investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Pará.
Polícia Federal investiga crimes de corrupção e lavagem de dinheiro no Pará. Crédito: Reprodução

A Polícia Federal, com o apoio da CGU – Controladoria Geral da União, deflagrou, na manhã desta terça-feira (02), a Operação Expertise, com diligências em Belém e Marituba. A ação apura a atuação de organização voltada ao cometimento de crimes contra a Administração Pública e à lavagem de capitais, mediante a contratação fraudulenta de empresas, por meio da utilização de recursos federais oriundos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB) e do Fundo Nacional de Saúde (FNS).

De acordo com a PF, as investigações revelaram ações que envolvem empresários, servidores públicos e empresas de fachada. O esquema consiste no direcionamento de licitações, adesões irregulares a atas de registro de preços, simulação ou execução parcial de contratos administrativos, repasses de vultosos valores públicos e, posteriormente, o saque em espécie e redistribuição desses recursos entre os agentes integrantes da organização. 

O valor total desviado relacionado às irregularidades cometidas é objeto da apuração, sendo que os contratos inicialmente levantados no curso da investigação somam aproximadamente R$ 198 milhões.

Segundo o balanço parcial divulgado pela Polícia Federal, foram apreendidos cerca de:

R$ 881.000,00 entre moedas nacionais e estrangeiras;
31 carros;
88 peças de joias;
7 relógios Rolex.

A operação teve a participação de 65 policiais federais e 6 auditores da CGU, e cumpriu até o momento18 mandados de busca e apreensão, bloqueio de ativos no montante de até R$ 198 milhões, afastamento do sigilo bancário e fiscal de 17 investigados, prisão preventiva de 5 pessoas, uma medida cautelar com uso de monitoramento eletrônico, afastamento de 6 servidores públicos e suspensão, por tempo indeterminado, das atividades econômicas de quatro empresas investigadas.