Publicado em 19 de agosto de 2025 às 15:49
O açaí, alimento essencial na mesa dos paraenses, ficou mais barato em Belém no mês de julho de 2025. Segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE/PA), o litro do fruto apresentou queda de preço pelo terceiro mês consecutivo, com variações entre -3% e -11%, dependendo do tipo e local de venda.>
Apesar do alívio momentâneo, o balanço anual ainda revela forte carestia. Entre janeiro e julho de 2025, os reajustes acumulados ultrapassam 26% para o açaí do tipo médio e quase 23% para o grosso, índices muito acima da inflação oficial do período, calculada em torno de 3%. No comparativo dos últimos 12 meses, a alta é ainda mais expressiva: 54% para o médio e 39% para o grosso.>
Preço do açaí tipo médio>
Em julho de 2024, o litro do açaí médio custava, em média, R$ 18,89. No fim do ano, já estava em R$ 22,98 e abriu 2025 sendo vendido por R$ 26,02. Após atingir R$ 30,25 em junho deste ano, o preço recuou para R$ 29,11 em julho, queda de 3,77% no mês. Ainda assim, o acumulado em 2025 já soma alta de 26,68%.>
Preço do açaí tipo grosso>
O litro do açaí grosso, mais encorpado e tradicionalmente mais caro, também registrou recuo. De R$ 46,00 em junho, caiu para R$ 41,08 em julho, o que representa redução de 10,7%. No entanto, o produto ainda acumula alta de 22,96% no ano e de 38,92% nos últimos 12 meses.>
Diferenças de preços na cidade>
As pesquisas também mostram que o valor do litro varia bastante conforme o ponto de venda. Em feiras livres, o açaí médio foi encontrado entre R$ 20 e R$ 25, enquanto nos supermercados os preços ficaram entre R$ 28 e R$ 29,99. Já o açaí grosso oscilou entre R$ 38 e R$ 50 nas feiras e entre R$ 36 e R$ 38 nos supermercados.>
Expectativas>
A chegada da safra pode favorecer novas quedas nos preços ao consumidor. No entanto, o DIEESE alerta que fatores como o “tarifaço” e seus reflexos nos custos de produção e comercialização do fruto podem pesar no valor final, mantendo o açaí acima da inflação e longe de caber no bolso do paraense.>