Publicado em 16 de setembro de 2025 às 13:45
Pelo quarto mês consecutivo, o preço do pescado comercializado nos mercados municipais de Belém apresentou queda. É o que aponta a pesquisa conjunta realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA) em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon).>
Entre maio e agosto de 2025, a maioria das espécies consumidas pelos paraenses registrou recuos nos valores. Somente em agosto, em comparação com julho, as reduções mais expressivas foram da traíra (-18,46%), curimatã (-9,33%), sarda (-7,26%), mapará (-6,98%), cação (-6,33%) e gurijuba (-5,55%). Também apresentaram queda o xaréu, pratiqueira, piramutaba, pirapema e pescada amarela.>
Apesar disso, algumas espécies tiveram aumento, com destaque para o tucunaré (+21,76%), aracu (+16,54%), serra (+10,86%), uritinga (+9,33%), arraia (+5,45%) e tambaqui (+3,43%).>
Alta acumulada no ano e nos últimos 12 meses>
Mesmo com a sequência de quedas mensais, a análise acumulada de janeiro a agosto de 2025 mostra que muitos peixes ainda estão mais caros do que no início do ano, superando inclusive a inflação do período, estimada em 3,10%. Entre as maiores altas estão o aracu (+30,67%), pirapema (+22,40%), xaréu (+17,48%) e sarda (+16,68%).>
No comparativo de 12 meses, os aumentos também chamam atenção. A pirapema subiu 48,73%, seguida do aracu (+46,97%), tucunaré (+33,39%), serra (+30,11%) e arraia (+26,86%). Em contrapartida, algumas espécies acumularam quedas, como a tainha (-18,61%), serra (-16,94%) e pescada branca (-15,02%).>
Expectativa de novas reduções>
Segundo o Dieese/PA e a Sedcon, a tendência é que os preços continuem cedendo nos próximos meses, acompanhando a maior oferta de espécies e melhores condições de captura. O monitoramento seguirá sendo feito mensalmente para avaliar o comportamento do mercado.>