Preços de tainha, serra e tucunaré caem, mas dourada e filhote seguem em alta

Após meses de aumentos, alguns peixes populares como tucunaré e serra tiveram queda de preço em maio, mas outras espécies, como filhote e dourada, continuam mais caras que no ano passado

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Jorge Mateus

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Publicado em 11 de junho de 2025 às 18:35

Preços de tainha, serra e tucunaré caem, mas dourada e filhote seguem em alta
Preços de tainha, serra e tucunaré caem, mas dourada e filhote seguem em alta Crédito: Ascom/Agência Distrital de Mosqueiro

Uma nova pesquisa do Dieese/PA em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (Sedcon) mostra que os consumidores de Belém já começam a sentir algum alívio no bolso ao comprar peixe nos mercados municipais. Em maio, houve recuo no preço de diversos pescados tradicionais na mesa dos paraenses, como a tainha, o tucunaré, o tambaqui e a pescada gó. Por outro lado, espécies como dourada, filhote e mapará continuam com valores em alta, acima da inflação acumulada no período.

Entre os destaques de queda no comparativo entre abril e maio de 2025 estão:

  • Tucunaré: recuo de 9,07% no mês, vendido a R$ 24,17. Ainda assim, no acumulado dos últimos 12 meses, o preço subiu 14,33%.

  • Serra: queda de 5,19%, com média de R$ 17,53. No ano, o peixe teve redução de 16,80%.

  • Tainha: redução de 6,01%, ficando em R$ 24,25.

  • Tambaqui: leve baixa de 2,50%, com o quilo a R$ 21,07.

  • Pescada gó: caiu 4,14%, ficando a R$ 14,36.

Apesar das quedas pontuais, outras espécies seguem com preços elevados:

  • Dourada: mesmo com leve queda de 1,74% em maio, acumula alta de 17,49% nos últimos 12 meses.

  • Filhote: subiu 3,30% em maio e acumula alta de 11,65% em um ano, vendido a R$ 35,66.

  • Mapará: reajuste de 2,54% no mês e aumento de 12,58% em 12 meses.

  • Pescada amarela: teve queda de 3,50% no mês, mas ainda custa R$ 34,16.

A pesquisa reforça que, apesar do recuo recente em algumas espécies, o cenário geral ainda é de preços altos em comparação com 2024. Os dados ajudam a monitorar o impacto no custo de vida e são essenciais para o planejamento das famílias que consomem pescado regularmente.

A expectativa do Dieese é que os preços sigam em queda ao longo de junho, especialmente com o aumento da oferta em período de maior atividade pesqueira.