Prefeito de Salinas recorre da decisão judicial sobre som automotivo nas praias

Kaká Sena afirma que centenas de famílias vão perder oportunidades de trabalho sem os paredões sonoros.

Publicado em 29 de dezembro de 2024 às 08:21

Prefeito de Salinas recorre da decisão judicial sobre som automotivo nas praias do município.
Prefeito de Salinas recorre da decisão judicial sobre som automotivo nas praias do município. Crédito: Reprodução

O Prefeito de Salinas, Kaká Sena, recorreu da decisão judicial que impede a entrada de som automotivo nas praias do município, na última sexta-feira, 27. A Justiça do Pará determinou a proibição do uso de sons automotivos durante o período de Réveillon em Salinópolis, entre 27 de dezembro de 2024 e 6 de janeiro de 2025, abrangendo as praias do Atalaia, Farol Velho e Ponta da Sofia, além de um raio de 1.000 metros que antecede os acessos a essas localidades.

Kaká Sena afirma que centenas de famílias vão perder oportunidades de trabalho sem os paredões sonoros. A decisão judicial foi motivada por denúncias e relatórios que apontam os impactos negativos provocados por essas práticas, especialmente durante períodos de alta temporada.

A decisão, assinada pelo juiz Antônio Carlos de Souza Moitta Koury, da Vara Única da Comarca de Salinópolis, restringe a entrada e permanência de torres sonoras, carretinhas, carros sons, veículos com equipamentos sonoros de alta potência e Paredões em áreas específicas do município.

Entre os problemas destacados estão a poluição sonora, que prejudica a fauna local, incluindo as tartarugas marinhas em período de desova, e o acúmulo de lixo, comprometendo a qualidade ambiental das praias. A medida também visa atenuar os impactos à saúde pública, como o aumento de estresse e desconforto relatados por moradores e turistas.

Além das questões ambientais e de saúde, as autoridades associaram o uso indiscriminado de sons automotivos ao aumento da criminalidade. Crimes contra o patrimônio, tráfico de drogas e infrações de trânsito foram citados como ocorrências recorrentes durante eventos que envolvem essas práticas.

Com a decisão, a Justiça busca proteger o equilíbrio ambiental, promover a tranquilidade dos visitantes e moradores, e reforçar a segurança pública durante um dos períodos de maior movimentação turística na região.