Sócio de empresário morto em Castanhal é suspeito de ajudar na fuga de envolvidos

Polícia Civil aponta que Rafael Mota Ribeiro não apenas contratou os criminosos, mas também teria dado apoio direto após o assassinato

Publicado em 12 de setembro de 2025 às 15:51

Polícia Civil aponta que Rafael Mota Ribeiro não apenas contratou os criminosos, mas também teria dado apoio direto após o assassinato
Polícia Civil aponta que Rafael Mota Ribeiro não apenas contratou os criminosos, mas também teria dado apoio direto após o assassinato Crédito: Divulgação

As investigações sobre o assassinato do empresário Estevão Neves Pinto, morto no último dia 5 de setembro em Castanhal, ganharam novos desdobramentos. A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (12) que o sócio da vítima, Rafael Mota Ribeiro, já preso por suspeita de ser o mandante, também teria ajudado na fuga dos executores do crime.

De acordo com o delegado Pedro Rocha, titular da Delegacia de Homicídios de Castanhal, o próprio atirador revelou em depoimento que Rafael foi quem retirou ele e o condutor da moto da cidade, levando-os até Benevides, município vizinho. Segundo o delegado, essa informação reforça que o envolvimento do sócio foi além da contratação dos criminosos.

“O executor relatou que Rafael não apenas contratou, mas participou diretamente da ação. Ele teria levado a moto usada no crime para os executores e, após o assassinato, dirigiu o carro que deu fuga ao atirador e ao piloto até Benevides”, afirmou Rocha durante coletiva de imprensa.

As investigações começaram com a identificação do atirador, localizada a partir de imagens de câmeras de segurança. O trabalho da polícia também apontou o deslocamento do veículo usado na fuga, que teria saído da residência de Rafael. O condutor da motocicleta já foi identificado e é procurado pelas autoridades.

A Polícia Civil informou ainda que ambos os executores — o atirador e o motociclista — são naturais de Benevides. Além deles, há um quarto suspeito sob investigação, mas a identidade dele não foi divulgada para não atrapalhar o andamento do caso, que segue em sigilo.

 Em nota, a defesa de Rafael se manifestou informando que já solicitou à Polícia Civil o acesso completo ao inquérito policial, a fim de tomar conhecimento da íntegra das investigações. "A partir desse acesso, será possível prestar esclarecimentos mais detalhados sobre o caso".

Estevão Neves Pinto, de 41 anos, era dono de lojas de peças para motos e bicicletas. Ele foi assassinado com um tiro na nuca em frente a um colégio no centro de Castanhal, enquanto deixava as filhas na escola. O crime, cometido em plena luz do dia, causou grande comoção na cidade, e as diligências continuam para esclarecer todos os detalhes da execução.

Elias Felippe (Estagiário sob supervisão de Cássio Leal, editor-chefe da tarde).