Veja o que se sabe sobre incêndio registrado em aterro no Aurá, em Ananindeua
A fumaça provocada pelo fogo se espalhou por bairros de Ananindeua e Belém; Prefeitura cobrou explicações da empresa responsável pela área.
Publicado em 11 de junho de 2025 às 14:50
Um incêndio de grandes proporções atingiu, na noite desta terça-feira (10), o Aterro do Aurá, em Ananindeua, e assustou moradores de vários bairros da Região Metropolitana de Belém. A fumaça densa, visível a quilômetros de distância, se espalhou por diversos pontos da cidade e chegou até a capital paraense. Moradores relataram forte cheiro de queimado em áreas residenciais, e vídeos nas redes sociais mostraram a nuvem de fumaça cobrindo parte do céu de Belém.
Em nota, a Prefeitura de Belém, por meio da Secretaria Municipal de Zeladoria e Conservação Urbana (Sezel), informou que as causas do incêndio serão investigadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Científica. Apesar disso, a Sezel destacou que a segurança do local é de responsabilidade da empresa Ciclus Amazônia, que administra o aterro por meio de contrato de licitação. A Prefeitura disse ainda que vai exigir explicações da empresa e solicitar reforço na segurança e fiscalização da área.
A Ciclus Amazônia, por sua vez, afirmou que o incêndio ocorreu no chamado “Pátio 1” do Aterro do Aurá, uma área que, segundo a empresa, não está sob sua operação direta. Ainda conforme a Ciclus, o local é historicamente marcado por ocupações irregulares e presença de organizações criminosas, conforme apontam as autoridades de segurança.
Assim que tomou conhecimento do incidente, a empresa afirma ter acionado o Corpo de Bombeiros, a Prefeitura e as forças de segurança. Ninguém ficou ferido. A Ciclus diz também que está colaborando com as investigações e reforça que atua com base nas normas ambientais, mantendo pedidos de licenciamento tanto para a remediação do Aurá quanto para a implantação de um novo Centro de Tratamento de Resíduos (CTR) para a Região Metropolitana de Belém.
O novo CTR, segundo a empresa, contará com sistemas modernos de tratamento de chorume, impermeabilização do solo com geossintéticos e captação de biogás com possibilidade de aproveitamento energético.
Por fim, a Ciclus afirma que repudia qualquer tentativa de associação indevida entre suas operações e o incêndio, ressaltando que sua atuação foi no apoio à contenção das chamas, em proteção à área e às comunidades do entorno.
O Corpo de Bombeiros informou que uma equipe especializada foi enviada ao local para controlar o fogo. Até o momento, não há registro de vítimas.
