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Publicado em 12 de dezembro de 2025 às 15:25
Uma decisão da Prefeitura de Acará provocou indignação entre pais e responsáveis de alunos, ao solicitar às famílias a assinatura de um documento autorizando a retirada do transporte escolar para alunos que vivem em comunidades quilombolas. Segundo relatos, a gestão municipal encaminhou às escolas uma orientação determinando que apenas estudantes cujos responsáveis assinassem o termo concordando com a suspensão do serviço, teriam direito à rematrícula para o próximo ano letivo.>
Pais afirmam que foram surpreendidos pela medida e questionam a legalidade da exigência. O transporte escolar é considerado essencial para o deslocamento de crianças que vivem em áreas rurais e comunidades quilombolas, frequentemente distantes da sede do município e com estradas de difícil acesso. Para muitas famílias, a retirada do ônibus inviabilizaria a frequência escolar.>
“Estão nos obrigando a concordar com algo que prejudica nossos filhos. Se não assinarmos, nossas crianças não poderão continuar estudando. Isso não é escolha, é coerção”, disse uma mãe que preferiu não ser identificada.>
Os pais apontam que a medida contraria políticas nacionais de acesso à educação e fere direitos garantidos às populações tradicionais, ressaltando que o transporte escolar tem sido uma das principais estratégias para assegurar a permanência dos alunos nas escolas.>
Pais e responsáveis se mobilizam na escola para questionar formalmente a exigência e pedem diálogo com o poder público. Eles defendem que qualquer mudança no transporte escolar seja discutida com a comunidade e que o direito à educação das crianças quilombolas seja preservado.>
O Roma News entrou em contato com a Prefeitura do Acará para solicitar um posicionamento sobre esta ocorrência e aguarda retorno. >