Vídeo: pelo segundo dia, integrantes do MST ocupam Prefeitura de Parauapebas

Os manifestantes pedem melhorias na estrada vicinal da comunidade e melhores condições para a população que, segundo eles, está sendo afetada pela mineradora Ligga.

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Silmara Lima

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Publicado em 13 de agosto de 2025 às 13:06

Desde terça-feira (12), o grupo saiu da zona rural e ocupa o prédio da prefeitura de Parauapebas.
Desde terça-feira (12), o grupo saiu da zona rural e ocupa o prédio da prefeitura de Parauapebas. Crédito: Reprodução

Desde a madrugada de segunda-feira (11), trabalhadores rurais integrantes do Movimento Sem Terra (MST) da comunidade Rio Novo, em Parauapebas, no sudeste paraense, protestam pedindo melhorias na estrada vicinal da comunidade e melhores condições para a população que, segundo eles, está sendo afetada pela mineradora Ligga. E desde terça-feira (12), o grupo saiu da zona rural e ocupa o prédio da prefeitura do município.

Segundo os trabalhadores, além dos problemas nas estradas, falta investimento em água potável, saúde e educação na região. Eles relatam que a construção de duas escolas na zona rural é de grande importância, sendo uma delas de ensino médio, para atender as crianças do campo. Eles afirmam que, mesmo com os impactos da mineração, os benefícios não chegam a quem vive na comunidade Rio Novo.

Em nota, a mineradora informou que mantém um canal aberto de diálogo com as comunidades da região. Já em relação às reivindicações, a empresa disse que fará uma apuração sobre os pontos levantados.

Já a prefeitura de Parauapebas informou que ajuizou ação pedindo "reintegração de posse e desobstrução de vias públicas" e diz que está disponível "ao diálogo com toda e qualquer organização, desde que de forma pacífica, sem violência e sem depredação do patrimônio público". A prefeitura informou ainda que não recebeu nenhuma das reivindicações de forma oficial.

Os manifestantes informaram que o protesto vai continuar e que não pretendem liberar o acesso até receber uma resposta da mineradora e da prefeitura de Parauapebas. Para eles, a ocupação é uma forma de chamar a atenção do poder público para questões que, segundo eles, vem sendo ignoradas pela administração municipal.