Oficina de pintura e artesanato transforma vidas na APAE Belém

O projeto busca ajudar os participantes a estarem prontos para comercializar seus produtos

Publicado em 17 de setembro de 2025 às 11:02

Oficina de pintura e artesanato transforma vidas na APAE Belém - 
Oficina de pintura e artesanato transforma vidas na APAE Belém -  Crédito: Divulgação 

O projeto Círio Iluminado 2025 está deixando um legado de criatividade, inclusão e novas oportunidades por onde passa. As oficinas de artesanato, que agora chegam à APAE Belém (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), têm como objetivo principal capacitar a comunidade para a criação de materiais artesanais religiosos e artísticos, valorizando a cultura amazônica e incentivando a geração de renda.

A ação é patrocinada pela Equatorial Pará, através da Lei de Incentivo à Cultura do Ministério da Cultura e da Lei Semear e da Fundação Cultural do Pará. A produção da Aspecom (Associação Pernambucana Compartilhar)

Mais do que ensinar técnicas, o projeto se consolida como um catalisador de transformação social. Segundo Michele Miranda, analista de responsabilidade social da Equatorial Pará, o impacto das oficinas é imediato. "As pessoas estão se envolvendo, aprendendo novas habilidades e exercendo possibilidades de geração de renda. É um começo muito promissor para esta edição do Círio Iluminado", afirma. A expectativa é que, ao final das oficinas, os participantes estejam prontos para comercializar seus produtos, o que, de acordo com Michele, “reforça nosso compromisso com a cultura, com a inclusão e com o desenvolvimento social do nosso estado”.

Trabalho de inclusão

A chegada das oficinas na APAE Belém foi recebida com entusiasmo, e a gerente de serviços sociais da APAE Belém, Liliane Rodrigues, garante que “o impacto positivo na vida dos participantes é muito grande, eles se sentem capazes. É uma oportunidade muito proveitosa para todos aqui na instituição”.

A edição na APAE, que tem a inclusão como prioridade, reforça o caráter social do projeto. Para a professora Silvana Saldanha, mestre em artes visuais, a iniciativa oferece uma oportunidade para pessoas com deficiência participarem de atividades que, muitas vezes, são inacessíveis. "É uma oportunidade de conviver com outras pessoas, de estarem interagindo e socializando. A verdadeira superação não está em enfrentar a deficiência, mas em superar preconceitos, ela enfatiza "As pessoas da sociedade em geral precisam superar o preconceito", ela enfatiza.

Pedro Vaz, um dos participantes autistas, vê nas oficinas a chance de aprimorar sua arte e até mesmo gerar renda. "Pra mim é tudo, é o aprendizado. A gente aprimora nossa arte de desenho, de pintura, tudo", diz Pedro.

Maria de Fátima levou a neta de 12 anos, Maria, que tem TDAH e autismo, para elas uma celebração da arte em família participando da oficina é motivo de grande alegria. "Para mim é uma felicidade, é uma honra ver minha neta se desenvolvendo nessas atividades. É uma maravilha".

O coordenador do Círio Iluminado 2025, Olivio Rafael, garante que “o sucesso das oficinas está em sua capacidade de ir além do planejamento e da execução, o retorno vem diretamente dos participantes, deixar legado, deixar objetos concretos, transforma as pessoas e dá oportunidade”.

A Apae Belém existe há 63 anos atendendo gratuitamente crianças, jovens e adultos, pessoas com deficiências múltiplas, são mais de 7 mil atendimentos por ano.

Como participar?

Esta é a segunda semana de oficinas do Círio Iluminado 2025. O projeto já passou pelo bairro do Tenoné. Depois da APAE, o trabalho segue para os bairros do telégrafo, jurunas, retorna ao Tenoné e Castanheira. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo instagram do projeto @cirioiluminado.