Publicado em 11 de setembro de 2025 às 18:49
Em junho de 2025, o Brasil registrou 71,28 milhões de pessoas inadimplentes, o maior número desde o início da série histórica da CNDL/SPC Brasil (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas / Serviço de Proteção ao Crédito). Esse dado representa 42,9% da população adulta, revelando um cenário preocupante que recoloca o endividamento no centro das discussões sobre economia e bem-estar financeiro. >
Para ajudar quem está no vermelho a dar os primeiros passos rumo ao equilíbrio financeiro, a economista e coordenadora do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina, Enivalda Alves da Silva Pina, elenca orientações práticas e realistas que ainda podem ser aplicadas até o fim do ano. Confira! >
Segundo Enivalda Alves da Silva Pina, o primeiro passo é ter um diagnóstico claro da situação. “É essencial mapear todas as dívidas, ou seja, valores, prazos, juros, além das fontes de renda e despesas fixas e variáveis. Isso permite entender o tamanho do problema e montar um orçamento realista”, afirma. O objetivo nesse momento não é pagar tudo de uma vez, mas construir uma base de organização e priorização. >
Mesmo com renda limitada, a economista afirma que é possível sair do vermelho com disciplina. “Renegociar dívidas, cortar gastos não essenciais, gerar renda extra e focar as dívidas com juros mais altos são ações que têm efeito direto. Pode parecer pouco no início, mas a consistência muda tudo”, destaca. >
Outro ponto importante é saber como priorizar o pagamento de dívidas sem comprometer o sustento mensal. “O ideal é não ultrapassar 30% da renda líquida com o pagamento de parcelas. Negociar acordos com prazos mais longos e juros mais baixos é sempre melhor do que deixar acumular ou recorrer ao crédito caro”, explica. >
Enivalda Alves da Silva Pina também alerta para o que deve ser evitado: “Não use o cheque especial nem pague apenas o mínimo do cartão de crédito. Isso é armadilha. Também não adianta pegar empréstimos mais caros para pagar outras dívidas. Só vale a pena se for um crédito com juros significativamente menores e com planejamento”, reforça. >
Para quem quer virar a chave ainda este ano e começar 2026 com a vida financeira sob controle, a economista sugere hábitos simples que, se colocados em prática desde agora, geram impacto real em poucos meses: >
Por Nágila Pires >